segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Grupo islâmico ameaça atacar Quênia se tropas não saírem da Somália



A milícia fundamentalista islâmica Al Shabab, supostamente vinculada à rede terrorista Al Qaeda e responsável pelo sequestro de duas médicas espanholas da organização MSF (Médicos Sem Fronteiras) na última quinta-feira (13), ameaçou nesta segunda-feira atacar o Quênia se o Exército do país não deixar o território somali.

O grupo negou hoje categoricamente todas as acusações relacionadas ao sequestro de turistas e voluntários no Quênia.

Em entrevista coletiva em Mogadício, o porta-voz do Al Shabab, Ali Mohamud Rage, declarou que "as tropas quenianas entraram cerca de 100 km Somália adentro e, em alguns casos, bombardearam território somali. Se continuarem assim se arrependerão e terão de suportar as consequências em sua própria casa".

"Quênia tem paz, suas cidades têm arranha-céus e seus negócios florescem ali, enquanto a Somália vive no caos. Se o governo queniano ignorar nossos chamados pelo fim da agressão na Somália, bateremos no coração de seus interesses", disse Rage.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, no qual o grupo radical islâmico negou ser o responsável pelo sequestro de duas voluntárias espanholas, Al Shabab afirmou que as vidas de milhares de quenianos correrão perigo se continuarem a operação militar queniana na Somália.

No sábado, as Forças Armadas quenianas iniciaram o desdobramento no sul da Somália, em resposta aos recentes sequestros sofridos nas áreas de fronteira deste país, o quarto em pouco mais de um mês.

Embora não exista nenhuma prova conclusiva, o porta-voz da Polícia queniana, Charles Owino assinalou na sexta-feira que, pela forma de atuação dos sequestros, as especulações apontam para o grupo islâmico.

Al Shabab combate o respaldado Governo Federal de Transição somali e as tropas da missão da União Africana para a Somália com o objetivo de instaurar um Estado muçulmano. A Somália vive em estado de guerra civil e caos permanente desde 1991, ano em que foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre.

Desde então, o país está sem governo efetivo e fica nas mãos de milícias islamitas, senhores de guerra tribais e criminosos armados.

Fonte: EFE
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