terça-feira, 11 de outubro de 2011

Relatório da ONU detalha casos de tortura em prisões no Afeganistão



Suspensão de prisioneiros pelos punhos, tapas nas solas de seus pés, choques elétricos, torção de órgãos genitais, remoção de unhas e submissão a posições estressantes. Esses são os principais métodos de tortura identificados pela Missão das Nações Unidas no Afeganistão (Unama, na sigla em inglês) e divulgados em um relatório nesta segunda-feira.

O relatório informa que prisioneiros foram agredidos e torturados em prisões administradas pela polícia afegã e pela Diretoria de Segurança do país. A ONU, entretanto, afirma que os maus tratos não são resultados da política do governo.

O documento de 74 páginas relata que prisioneiros em 47 instalações de 24 províncias afegãs foram submetidos a técnicas de interrogação consideradas tortura tanto pela legislação afegã como internacionalmente.

Redigido pela Unama, o relatório foi baseado em entrevistas com 379 prisioneiros de diversos centros de detenção e conduzidas de outubro de 2010 a agosto de 2011.

Foi encontrado o "uso de técnicas de interrogação que constituem tortura sob a legislação internacional e crimes pela lei afegã, bem como outras formas de maus tratos", diz o texto.

De acordo com a Unama, os atos de tortura ocorreram como meio para obteção de informações e confissões.

O texto informa que ministros afegãos colaboraram com a investigação e tomaram medidas para interromper os abusos após tomarem conhecimento do relatório.

Segundo consta no relatório, as autoridades disseram ter um plano de ação para esses casos, começaram investigações e informaram que os responsáveis serão retirados de seus cargos e, nos casos graves, processados.

Fonte: Folha
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