sábado, 19 de setembro de 2009

A FAB e o FX-2


Em primeiro lugar, se não houver um aumento significativo no orçamento da FAB, qualquer caça avançado que vier a ser comprado, inclusive o Gripen NG, será uma “Rainha de hangar”. Qualquer um. Pois hoje temos orçamento para F-5M. Orçamento de F-5 M não se ajusta de forma alguma a nenhum caça avançado de quarta geração. NENHUM!!!

Colocar essa questão do orçamento pra cima do Rafale, e apenas do Rafale, não apenas é de um simplismo estoteante, como também dá a impressão que não estão entendendo a estratégia (geopolítica mesmo) do Ministério da Defesa e caindo facilmente no argumento dos jornais que ainda acham que o FX-2 é uma licitação (de tão “bem informados” que eles são, ou querem ser), que estão colocando essa questão do preço como algo definidor. Não estamos comprando bananas na feira, vamos entender isso primeiro, né?

Podemos até comprar o Gripen ou o Super Hornet, visto que as últimas ofertas ainda estão sendo entregues e serão analisadas. Mas não será o preço o fator primordial. Assim como estamos dando preferência ao Rafale por uma questão muito maior que o preço. Ou entende-se isso, ou não estão entendendo nada do processo. Com toda certeza.

E sobre o orçamento futuro da FAB, alguém tem bola de cristal? Alguém sabe o que acontecerá o ano que vem, por exemplo? Alguém já prestou a atenção no motivo do contigenciamento das verbas deste ano (crise mudial)? E já prestaram a atenção que o Jobim já pediu o descontingenciamento da verba do Ministério da Defesa para o restante do ano, uma vez que a crise no Brasil acabou e o país voltou a crescer? Seria legal se informar sobre tais coisas também.
Nem compramos o caça ainda e já estão falando, quase afirmando, que não teremos dinheiro para operá-lo. E sabemos que esses caças novos só começarão a ser entregues pára a FAB por volta de 2014 ou 2015.

Não é só dinheiro para operá-los, teremos que reorganizar toda a FAB, teremos que reorganizar a indústria aérea no Brasil para fabricá-los aqui e mais uma série de coisas. Muito simplista essa visão de achar que é com um dinheirinho a mais ou a menos no orçamento anual da FAB que tudo se resolverá ou não se resolverá. Francamente!!!!

Se o problema é achar que as forças Armadas serão sempre sucateadas pelo governo ou pelo Estado, então já proponho o que devemos fazer : Vamos começar uma campanha desde agora pelo fim do FX2 e pela extinção da FAB. Todos os que estão se precipitando em suas análises (ou estão caindo no canto das sereias facilmente) deveriam assinar um documento pela extinção da FAB (visto que ela nunca conseguirá se manter mesmo), e mandar para o Brigadeiro Saito, como nome, CIC e RG de todos. Pra tudo ficar bem claro pra todo mundo.

Mas eu não faço parte desta campanha, já aviso desde já!

abraços a todos (Hornet)

Como já foi citado no texto do amigo acima, os custos não são o problema central do FX-2, mas a mentalidade Geo-politica presente em nosso país, pois a Defesa nacional se faz com seriedade e exige consciência plena de tudo que esta envolvido na implementação de uma politica tão importante a uma nação como a nossa que vem a emergir como um nova potência no cenário mundial, mas que o seu próprio povo que deveria se sentir orgulhoso e apoiar os avanços necessários, critica veladamente tudo que é feito a respeito sem ao menos conhecer do que se trata, nos deparamos com um povo desinformado e alienado as reais necessidade de um poder dissuassório, mesmo que voltado a defesa, no panorama politico e na mesa de negociações.
Basta desta ladainha de que somos um país pacifico que não temos inimigos. Pois isso é uma ilusão, toda nação consciente e que tem recursos naturais que são visados por todos os grandes atores do cenário mundial, investem sem pestanejar em suas instituições militares, enquanto no Brasil nos preocupamos apenas com futebol, carnaval e cerveja gelada, temos que mudar essa postura e adotar uma mentalidade madura para com as questões essênciais tanto politicas quanto de defesa, pois só assim o Brasil vai a frente.
Pois um país e seus políticos são o reflexo de seu povo

Autores: Angelo D. Nicolaci e "Hornet" (GeoPolitica Brasil)
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3 comentários:

  1. Hornet
    O teu comentário, é muito pertinente, haja vista
    que estaremos mudando de patamar,ou seja, andavamos de fusca e agora andaremos de ferrari e nessa mudança teremos naturalmente algumas implicações de natureza econômica. Entretanto essa mudança foi muito bem pensada e planejada, ou seja não foi ao sabor do vento, impetuosidade ou arroubos.
    Abraço

    Angelo
    Mais uma vez, quero parabeniza-lo pelo esforço, pois sei que não é fácil a construção de um blog, mas tens a boa iniciativa e a busca na fonte.
    Abraço

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  2. Lucas Calabrio,

    Sem dúvida, não foi ao sabor do vento. A END define uma relação entre Defesa e economia que é salutar para ambas. O problema, e acho que é este ponto que leva todo mundo a desconfiar de tudo e de todos (e a fazer análises precipitadas e totalmente equivocadas), é que isso leva tempo. A economia e a Defesa se desenvolverão juntas, na parte que lhes cabem. Mas isso leva um tempo.

    abração
    Hornet

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  3. Obrigado Lucas e Hornet, essa é a intenção do GeoPolitica Brasil,gerar questionamentos e buscar a anaçise dos fatos por detrás dos fatos.Numa visão estratégica e aguçada, não apenas uma visão superficial e sem real conteúdo.
    Conto com a participação de vocês neste blog e espero que venham muito mais pessoas a participar deste espaço e que venham a trazer mais conhecimento e uma critica salutar dos fatos, com visões distintas e que engrandeçam o bom debate a respeito de Defesa no Brasil e mesmo no mundo, pois como sabemos a GeoPolitica é muito complexa, e não se pode falar apenas de um dos atores neste cenário, mas sim abranger como um todo.

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