A Rússia estacionou armas nucleares táticas perto de países membros da Otan várias vezes nos últimos anos – a última delas no final de maio, revela nesta terça-feira o Wall Street Journal, citando dirigentes americanos que preferiram não ter o nome divulgado.
As revelações estão sendo feitas num momento em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, empenha-se pessoalmente para que o Senado ratifique o novo tratado START de desarmamento nuclear com a Rússia, que prevê redução de 30% do número de ogivas nucleares entre as duas superpotências atômicas, além de verificações mútuas mais transparentes.
Mas o tratado não menciona armas nucleares táticas de curto alcance, razão pela qual republicanos no Congresso mostram-se contrários a sua ratificação, para grande aborrecimento de Obama, que insiste no “imperativo representado por esta ratificação na segurança nacional”.
O estacionamento no final de maio por Moscou destas armas táticas, que viola um tratado de 1991, acontece num momento em que a Otan considera a colocação de um escudo antimíssil na Europa, destaca o jornal econômico.
O presidente russo Dmitri Medvedev advertiu para uma nova corrida armamentista, se Rússia e Otan não chegarem a um acordo sobre um sistema comum de defesa antimíssil.
A mobilização de armas nucleares táticas perto dos países bálticos e da Europa do Leste, provavelmente em Kaliningrado, um enclave russo na fronteira com a Polônia e a Lituânia, preocupa os países membros da Otan, que podem se encontrar na proximidade dessas armas, nota o WSJ.
Os Estados membros da Otan situados perto da Rússia acham que as armas nucleares de curto alcance são mais preocupantes que as de longo alcance. São mais fáceis de dissimular, mas também de serem furtadas por terroristas, segundo especialistas em controle de armamentos ouvidos pelo WSJ.
O tratado de 1991 prevê que a Rússia retire todas suas armas táticas estacionadas ao longo de suas fronteiras, assim como uma redução de seu número.
Fonte: AFP
.jpg)
.jpg)
0 comentários:
Postar um comentário