segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Alta comissária da ONU para direitos humanos critica potências


A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, criticou as grandes potências mundiais nesta segunda-feira, citando a Rússia pela morte de jornalistas, a China pela repressão aos direitos humanos e os Estados Unidos pelas medidas antiterrorismo.

Discursando para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, formado por 47 países, Pillay também criticou o Irã pelos ataques aos ativistas de direitos humanos e aos dissidentes, o Egito, a Líbia e a Síria por ameaçar os ativistas de direitos humanos e a França por deportar ciganos.

Funcionários da ONU afirmaram que os comentários duros da alta comissária, feitos a um grupo do qual fazem parte muitos dos países citados por ela, são um sinal de sua determinação em apontar os supostos abusos onde quer que eles ocorram.

"No Azerbaijão e na Federação Russa, pouco progresso se fez para levar à Justiça os perpetradores de assassinatos e ataques contra defensores de direitos humanos, ocorridos durante os últimos anos", afirmou ela.

"Dissidentes pacíficos, ativistas de direitos humanos, advogados e representantes da imprensa têm sido alvejados e atacados com violência em países, incluindo Irã, Iraque e Somália", enquanto que no Sudão a repressão acompanhou a eleição presidencial de abril, acrescentou Pillay.

Grupos da sociedade civil têm sido atingidos por medidas que restringem a sua ação em muitos países, incluindo Barein, Belarus, China, Egito, Líbia, Panamá, Síria e Tunísia, afirmou ela.

E a competição pelos recursos naturais representa ameaças e agressões a jornalistas, sindicalistas e líderes comunitários em países africanos, como Angola, República Democrática do Congo e Zimbábue, de acordo com Pillay.

Enquanto Rússia e China evitaram uma resposta direta, os enviados dos EUA e da França defenderam seus países. As nações árabes afirmaram que a defesa dos direitos humanos é uma prioridade-chave para elas e exigiram um foco maior sobre Israel pelo tratamento dispensado aos palestinos.

Fonte: Reuters
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