sábado, 7 de setembro de 2013

Tropa de Choque usa gás lacrimogêneo contra manifestantes no Rio

 
Centenas de manifestantes burlaram neste sábado um forte cerco policial, invadiram o desfile militar pelo Dia da Independência no Rio de Janeiro e entraram em confronto com a polícia. Os manifestantes, em grande parte convocados pelas redes sociais, foram à avenida Presidente Vargas, onde era realizado o desfile. Por alguns minutos, eles ocuparam uma das pistas e enfrentaram policiais, enquanto em outra os militares continuavam o desfile.
A Polícia Militar disparou bombas de gás lacrimogêneo e dispersou os manifestantes, que correram em direção a ruas próximas, onde tentavam se reagrupar, enquanto grande parte do público que assistia ao desfile deixou o local. As autoridades informaram inicialmente sobre cinco detenções e pelo menos um ferido, que teria sido atingido por uma pedrada na cabeça.
A confusão espantou o público que assistia o desfile. Muitas crianças passaram mal e estão sendo atendidas pelos socorristas. Duas senhoras, Maria Imaculada, 65 anos, e Maria Aparecida, 42 anos, choravam e foram atendidas por integrantes da Polícia do Exército. Elas vieram de Valença, no interior do estado. "Foi o maior susto. A gente só veio assistir ao desfile", disse Maria Imaculada, ao deixar a área.
Muitos pais com crianças deixaram a área do desfile e seguiram pela Praça da República e procuraram abrigo na entrada do Hospital Souza Aguiar, devido às bombas de gás lacrimogêneo atiradas pelos militares.
Após a confusão, dezenas de manifestantes deixaram a área da Avenida Passos próximo à área do desfile da Independência, na Avenida Presidente Vargas, e seguiram para a Praça Tiradentes, onde tentaram invadir o quartel desativado do 13º Batalhão da Polícia Militar. Uma bomba caseira foi atirada por um dos manifestantes contra a entrada do quartel e policiais militares que acompanham a manifestação jogaram bombas de efeito moral para dispersar a multidão, que conta com mais de 100 pessoas, de acordo com a PM.
Uma agência bancária teve os vidros estilhaçados por pedras atiradas pelos manifestantes. Muitos deles estão com os rostos cobertos, outros usam bonés com óculos escuros e alguns estão com os rostos pintados e usando bandeiras com as hastes feitas de pedaços de paus.
Outro grupo - de cerca de 50 manifestantes - está tentando passar pelo cordão de isolamento feito pela Polícia Militar e seguir para se juntar ao outro grupo que participa do protesto na Avenida Presidente Vargas. Dezenas de manifestantes se concentram também na Rua Uruguaiana, levando faixas e cartazes, e estão isolados por uma barreira feita pela Tropa de Choque da PM.
 
Fonte: EFE
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