O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta terça-feira que o uso da força só é legal em defesa própria ou com a autorização do Conselho de Segurança, em observações que parecem questionar a legalidade dos planos dos EUA de atacar a Síria sem o apoio da organização.

Os EUA, França e Reino Unido pressionam a Rússia a acatar a decisão de uma intervenção militar na Síria, desde o ataque que, segundo Washington, deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças. A Rússia, contudo, é um dos principais aliados do ditador sírio, Bashar al-Assad, e ameaça usar seu poder de veto como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança conta a medida. O grupo inclui ainda China, que costuma apoiar a Rússia.
"Se confirmado, qualquer uso de armas químicas por qualquer pessoa em qualquer circunstância será uma grave violação da lei internacional e um crime de guerra ultrajante", disse Ban a repórteres.
Obama alertou no sábado passado (31) que seguirá "em frente sem a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que até agora está completamente paralisado e incapaz de responsabilizar Assad".
Ban também questionou se o uso da força para deter a Síria ou outros países pelo uso de armas químicas no futuro poderia causar mais prejuízos do que benefícios na guerra civil de dois anos e meio na Síria, que, segundo a ONU, já matou mais de 100 mil pessoas.
"Devemos considerar o impacto que uma ação punitiva teria sobre os esforços para evitar mais banho de sangue e facilitar uma solução política para o conflito", disse Ban.
Fonte: Folha
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