segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Rússia busca saídas para crise Síria de armas quimicas.

 
Após o secretário de Estado norte-americano John Kerry afirmar, nesta segunda-feira, que a Síria pode evitar um ataque militar contra o país, se Bashar al-Assad entregar todas as armas químicas em uma semana, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que a Rússia também vai pedir ao país que coloque seu arsenal sob controle internacional.
Hoje Lavrov reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moualem, em Moscou. Os dois disseram que os EUA devem se concentrar na realização de uma conferência de paz em vez de lançar uma ação militar.
 
O chanceler russo disse que já havia mencionado a ideia com o ministro sírio durante conversa na capital russa. Segundo Lavrov, a Rússia aguarda uma "resposta rápida e... positiva."
 
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, único grande aliado internacional de Assad, diz que os rebeldes que lutam contra o regime sírio foram responsáveis pelo ataque químico, com o objetivo de provocar uma intervenção militar liderada pelos EUA. Essa hipótese foi descartada por Kerry nesta segunda-feira.
 
O discurso de John Kerry para que Assad entregue as possíveis armas químicas, em Londres, também repercutiu na Casa Branca. O Departamento de Estado norte-americano disse que o secretário estava fazendo um comentário retórico sobre a impossibilidade de Assad devolver as armas químicas, que Assad nega que tenham sido usadas por suas forças em um ataque no dia 21 de agosto.
 
Ainda nesta segunda-feira (9), em entrevista à emissora de TV norte-americana CBS, o presidente sírio disse que os Estados Unidos agiriam contra seus próprios interesses ao se envolver na Síria, alertando para as repercussões.
 
Síria elogia proposta russa, mas não diz se Assad entregará armas químicas
 
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moualem, elogiou a inciativa da Rússia que propôs ao país a entrega das armas químicas ao controle internacional para prevenir um possível ataque americano. A declaração foi feita nesta segunda-feira ao lado do chanceler russo Sergei Lavrov, em Moscou.
 
Moualem, que concedeu uma entrevista coletiva por meio de um intérprete, no entanto, não disse se presidente Bashar al-Assad aceitou a proposta da Rússia.
 
"Afirmo que a República Árabe Síria recebe bem a iniciativa russa, motivada pelas preocupações com as vidas dos nosso cidadãos e com a segurança do nosso país, e também motivada pela nossa confiança na sabedoria da liderança russa, que está tentando evitar uma agressão norte-americana contra o nosso povo", disse.
 
Mais cedo, Lavrov, disse que pediria que a Síria entregasse as supostas armas químicas para evitar um conflito com o país. A declaração de Lavrov aconteceu horas após o secretário de Estado americano John Kerry dizer, em Londres, que a única forma de evitar uma guerra no país seria se Bashar al-Assad entregasse todas as armas químicas em uma semana.
 
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse, também nesta segunda-feira, que pode pedir ao Conselho de Segurança da ONU que a Síria transfira seu arsenal de armas químicas para um local onde possa ser guardado com segurança e destruído.
 
Em Nova York, Ban disse que também pode pedir ao conselho que exija que a Síria junte-se à convenção internacional contra as armas químicas, um tratado que o governo de Damasco nunca assinou.
 
Ainda hoje, em entrevista à emissora de TV norte-americana CBS, o presidente sírio disse que os Estados Unidos agiriam contra seus próprios interesses ao se envolver na Síria, alertando para as repercussões.
 
Os EUA acusam o regime de Bashar al-Assad de atacar com gás venenoso grupos contrários a ele. Os americanos usam como prova um documento, que cita informações de inteligência e relatos de fontes no local, que diz que a ação deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças. Este seria o pior incidente com armas químicas em 25 anos.
 
Assad, que enfrenta uma rebelião há mais de dois anos, negou a autoria do ataque e apresentou à ONU provas de que teria sido feito pelos próprios rebeldes.
 
Fonte: GBN GeoPolítica Brasil com agências de notícias
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