terça-feira, 3 de setembro de 2013

Correspondente da Associated Press responsabiliza rebeldes pelo ataque químico

 
Tudo não passou de um "acidente", depois dos rebeldes terem manipulado de forma errada armas que receberam da Arábia Saudita   

Na sexta-feira, o governo dos EUA tinha já divulgado uma versão do relatório de avaliação dos seus serviços secretos que concluía afirmando com "grande confiança" que o regime sírio foi responsável pelos ataques com gás. Entretanto, ontem, uma correspondente da Associated Press, Dale Gavlak, afirmou que o ataque com agentes químicos nos subúrbios de Damasco foi obra dos rebeldes. A jornalista cita fontes rebeldes revelando que as armas químicas, recebidas da Arábia Saudita, terão explodido depois de serem mal manuseadas.
Segundo a correspondente da agência de notícias norte-americana, das múltiplas entrevistas que realizou nos últimos dias com residentes e rebeldes num dos bairros atingidos pelo ataque do passado dia 21, Ghouta, além de outras zonas de Damasco, retira-se a surpreendente - e incómoda, para a administração Obama - conclusão de que as armas químicas, que no mês passado mataram milhares de pessoas, estavam, afinal, nas mãos dos combatentes rebeldes e foram-lhes entregues pela Arábia Saudita.
No conflito que se prolonga há dois anos e meio, este país tem sido a principal fonte de financiamento e entrega de armas aos rebeldes sírios, através dos seus serviços secretos.
No campo da diplomacia, sobe a escalada entre Rússia e EUA, a mais que provável intervenção norte-americana irá dominar a cimeira do G20, passando para segundo plano outras questões, incluindo a crise no Egito, este oferece a Vladimir Putin, presidente russo e anfitrião da cúpula, uma oportunidade de enfrentar Obama num palco ideal. No sábado, o líder russo não perdeu tempo com rodeios e desafiou a tese dos serviços secretos norte-americanos. "Numa altura em que o exército sírio está em clara vantagem na sua posição ofensiva, afirmar que foi o governo sírio a recorrer a armas químicas é completamente absurdo." Putin disse ainda que "gostaria de interpelar Obama enquanto Prémio Nobel da Paz: antes que use da força na Síria, seria bom pensar nas futuras vítimas que irá provocar."

Fonte: Hangar do Vinna
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