segunda-feira, 3 de junho de 2024

Ataque Cibernético Russo Tenta Desinformar e Desestabilizar Polônia Antes das Eleições

Autoridades polacas desmentiram categoricamente as alegações sobre uma suposta mobilização de 200 mil militares, classificando a informação como falsa e atribuída a um possível ataque cibernético orquestrado pela Rússia. Krzysztof Gawkowski, vice-primeiro-ministro da Polônia e responsável pelas questões digitais, afirmou que a desinformação parece ter como objetivo desestabilizar a sociedade polaca às vésperas das eleições para o Parlamento Europeu.

"O objetivo é a desinformação antes das eleições e uma tentativa de paralisar a sociedade", declarou Gawkowski, citado pela Associated Press. Ele acrescentou que a Rússia frequentemente utiliza a desinformação como uma ferramenta de política externa, complementando suas ações militares na Ucrânia com operações de manipulação de informações. 

O relatório falso, que alegava o início de uma mobilização em 1 de julho, foi rapidamente identificado e removido pela agência de notícias polaca PAP, que levou apenas 8 minutos para agir. Em seguida, a PAP emitiu um comunicado esclarecendo que não era a fonte da notícia falsa.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, também se manifestou, alertando sobre a gravidade do ataque. "Este é outro ataque cibernético muito perigoso que ilustra bem a estratégia da Rússia para causar desestabilização antes das eleições para o Parlamento Europeu... Está a tornar-se cada vez mais claro o quão importantes estas eleições são para nós", disse Tusk em sua conta no "X".

O governo polaco argumenta que o país é alvo de uma guerra híbrida liderada pelos serviços de inteligência da Rússia e da Bielorrússia, que inclui desafios como migração forçada, tentativas de incêndios criminosos, espionagem e ataques cibernéticos a escritórios governamentais.

Uma análise publicada pela agência de noticias PAP revela que, desde o início da invasão russa à Ucrânia, uma intensa guerra de propaganda tem sido travada no ciberespaço, com a Polônia como principal alvo. A internet polaca é constantemente inundada com informações manipuladas destinadas a criar uma falsa impressão sobre as causas e a condução do conflito, influenciando a opinião pública e desmotivando o apoio às vítimas da guerra.

Estudos indicam que as mensagens de desinformação são projetadas para semear medo e dúvida, encorajando uma sensação de perigo e desestimulando a assistência à Ucrânia. A reprodução dessas mensagens pelos utilizadores da internet sugere que muitos polacos desconhecem a origem dessas informações, acreditando serem relatos genuínos.

A arma principal utilizada pela Rússia nesta campanha é a desinformação, com propagandistas do Kremlin criando narrativas fabricadas para distorcer a realidade e manipular a percepção pública. Desde o início da invasão, a propaganda russa tem promovido narrativas que tentam legitimar suas ações na Ucrânia, apresentando-as como operações de paz e retratando a Rússia como libertadora contra influências estrangeiras. Além disso, há esforços contínuos para provocar conflitos em sociedades consideradas hostis à Rússia, enfraquecendo os valores e a significância das instituições democráticas.

Esta série de eventos ressalta a necessidade de vigilância constante e de uma resposta coordenada para combater a desinformação e proteger a integridade das instituições democráticas na Polônia e além. Além de representar um importante alerta com relação ao perigo que representa a disseminação de Fake News nas redes sociais, o que tem se tornado comum ao redor do mundo.


GBN Defense - A informação começa aqui

com AP

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