A OTAN anunciou na última quarta-feira (15) seus planos de substituir a antiquada frota de aeronaves de vigilância AWACS (Airborne Warning and Control System), que tem sido um pilar fundamental desde a década de 80 durante a Guerra Fria. Os E-3 Sentry AWACS, com seus radomes de nove metros de largura no dorso, atuam como radares voadores e representam os "olhos no céu" da OTAN desde 1982.
Os atuais E-3 Sentry AWACS, tiveram como base o Boeing 707 modificado, com seus radares rotativos, têm uma notável capacidade de detectar aeronaves a uma distância superior a 400 quilômetros (250 milhas) e monitorar uma vasta área de cerca de 300 mil quilômetros quadrados (115 mil milhas quadradas), equivalente ao território da Polônia. Além de sua função primária de vigilância aérea, essas aeronaves têm a capacidade de identificar alvos terrestres e marítimos.
Para substituir essa frota obsoleta, a OTAN planeja adquirir seis aeronaves Boeing E-7A Wedgetail, os quais tem como base o Boeing 737. O contrato está programado para ser assinado em 2024, com o primeiro Wedgetail pronto para serviço operacional até 2031. Este movimento representa um investimento significativo, sugerindo um acordo que pode valer bilhões de euros.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, enfatizou a importância dessas aeronaves para a defesa coletiva da aliança, destacando o compromisso dos aliados em investir em capacidades de ponta. Ele afirmou: "Este investimento em tecnologia de ponta mostra a força da cooperação transatlântica em defesa à medida que continuamos a adaptar-nos a um mundo mais instável."
Embora a OTAN não tenha especificado os motivos por trás da decisão de substituir os 14 aviões AWACS por apenas seis aeronaves E-7A Wedgetail, ressaltou que as novas aeronaves teriam capacidades aprimoradas, mesmo que com um custo mais elevado em comparação com seus predecessores.
Vale ressaltar que os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a Turquia também utilizam ou planejam operar o Wedgetail. A frota AWACS, baseada na Alemanha, na base aérea de Geilenkirchen, desempenhou um papel crucial em missões de vigilância ao longo do flanco oriental da OTAN, especialmente após o ataque da Rússia à Ucrânia. Ao longo dos anos, essas aeronaves apoiaram diversas missões, desde operações militares nos Balcãs, Afeganistão e Iraque até eventos não militares, como o Campeonato do Mundo de 2006 na Alemanha e reuniões de cúpula. Com tripulações multinacionais representando 19 das 31 nações aliadas, os AWACS são verdadeiros ativos da OTAN em termos de vigilância e controle.
GBN Defense - A informação começa aqui
com informações da agência Reuters
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