domingo, 19 de novembro de 2023

Desembarca segundo lote de JLTV no Brasil

 

Na última quinta-feira (16), desembarcou no Porto do Rio de Janeiro, o segundo lote composto por quatro novas viaturas blindadas “Joint Light Tactical Vehicle” (JLTV), destinados ao Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. Os blindados serão incorporados ao Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais (BtlBldFuzNav), serão submetidos aos testes de aceitação, posteriormente dever ser empregados no âmbito da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) – Operação “Lais de Guia” – em curso nas áreas portuárias do Rio de Janeiro, Itaguaí (RJ) e Santos (SP).

As quatro novas viaturas JLTVs, foram enviadas para o Centro de Intendência da Marinha, no bairro de Parada de Lucas, onde após cumprir os testes e avaliações operacionais previstos para aceitação das viaturas, receberão a pintura camuflada no padrão adotado pelas viaturas do primeiro lote, recebidas pela Marinha no primeiro semestre deste ano, que já estão operando no Rio de Janeiro no âmbito da GLO.

O terceiro e último lote com mais quatro viaturas, que totalizarão as 12 previstas no contrato firmado pela Marinha do Brasil, devem desembarcar no segundo semestre de 2024. Há previsão de que haja um novo contrato envolvendo uma nova aquisição de viaturas blindadas JLTV, uma vez que há previsão que o número total deste tipo de viaturas chegue a 60 veículos em suas variadas versões. 


O JLTV-HCG do CFN

O JLTV-HGC é hoje o que há de mais avançado em sua categoria, projetando as capacidades de emprego da Força Anfíbia Expedicionária brasileira a um novo patamar. Capaz de prover apoio de fogo, escolta e realizar missões de reconhecimento, a nova viatura incorpora diversas tecnologias e conceitos avançados, tendo surgido para substituir os "veteranos" HUMVEE das forças norte americanas, o JLTV foi desenvolvido para lidar com as mais desafiadoras ameaças no campo de batalhas deste século, assimilando as lições aprendidas ao longo das ocupações do Afeganistão e Iraque, onde ficou latente a necessidade de uma nova solução para contrapor as ameaças representadas pelos IED (improvised explosive device - traduzindo: Dispositivo Explosivo Improvisado), as emboscadas em áreas urbanas e os desafiador cenário de conflitos assimétricos.

Dentre as inúmeras soluções incorporadas ao JLTV, ressaltamos o conceito modular do chassi, com habitáculo blindado capaz de proteger sua tripulação contra o impacto da detonação de IEDs sob a viatura, apresentando uma maior distância do solo, além de um moderno sistema de suspensão independente inteligente TAK-4i, que proporciona maior flexibilidade e desempenho na condução da viatura nos mais variados terrenos, possibilitando transpor terrenos acidentados de maneira segura, além de permitir o tráfego em maior velocidade, o que representa uma importante vantagem tática.

A adoção de portas traseiras com abertura contrária, na concepção popularmente conhecida como "porta-suicída", é resultado da experiência obtida na ocupação do Afeganistão, onde era comum os tripulantes dos HUMVEE serem alvejados durante o desembarque da viatura, por não haver um ponto de proteção para tropa no desembarque em contato com inimigo. As portas com abertura em sentidos contrários, oferecem proteção no momento crítico de desembarque em "zona de morte", atuando como escudos para os tripulantes.

Uma completa suíte de comunicação e navegação embarcada, oferece uma capacidade ímpar de comando e controle, com arquitetura C⁴ISR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento), é o que existe de mais avançado no mercado, com a possibilidade de ser integrado ao avançado sistema C⁴ISR SIC2MB da israelense Elbit Systems adotado pela Marinha do Brasil.


Armamento

Em termos de armamento, o JLTV oferece flexibilidade e poder de fogo de acordo com a necessidade tática da missão, contando com uma estação de armas OGPK 1.0 (Objective Gunner Protection Kit 1.0) tripulada que pode ser equipada com os seguintes armamentos:

- Metralhadora M2A1 Machine Guns (.50): A M2A1 incorpora melhorias no design, incluindo um cano de troca rápida (QCB), cadência de 750–850 tiros/min, emprega munição .50 BMG (12,7x99mm OTAN), com alcance efetivo de 1.800m e alcance máximo de 7.400m, constituindo-se um eficiente armamento contra infantaria, veículos não blindados ou levemente blindados, fortificações leves e aeronaves a baixa altitude e apoio de fogo.

- Metralhadora M240 (modelo de infantaria) 7,62mm: Classificada como metralhadora multiproposito, possui uma cadência de tiro na faixa de 850-950 tiros/min, emprega munição 7,62x51mm (OTAN), com alcance efetivo de 1.100m e alcance máximo de 3.725m, se constuindo um armamento eficiente contra infantaria, viaturas leves e apoio de fogo.

- Lançador de Granadas Automático MK19 Mod 3 CMG: O lançador de granadas de 40mm, possui capacidade de efetuar 60 tiros/min, com alcance efetivo de 1.500m e alcance máximo de 2.200m, efetivo contra infantaria, instalações, viaturas blindadas leves e apoio de fogo.

Além da Estação de Armas Tripulada, o JLTV-HGC pode futuramente ser equipado com um Sistema de Armas Remotamente Controlada (SARC).

O JLTV-HGC entrega um nível de proteção ímpar, que a torna adequada a operar nos mais adversos cenários e situações, como ambientes de desminagem humanitária, missões de manutenção e imposição da paz, atividades subsidiárias internas, como GLO e apoio a defesa civil.


Características do JLTV

Motorização: GM Duramax V8

Transmissão: Allison automática; caixa de transferência Oshkosh

Suspensão: Sistema independente Oshkosh TAK-4i

Alcance Operacional: 482,80 km

Velocidade: 110 km/h



Por Angelo Nicolaci


GBN Defense 

Com informações e Imagens da Marinha do Brasil e do acervo do GBN Defense

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