Arian Kurbasic montou o "albergue da guerra". Ele nasceu em Sarajevo em 1992, em plena guerra da Bósnia. Seu hostel reconstitui como foi o cerco à capital da Bósnia e Herzegóvina. Ele recebe os hóspedes usando colete à prova de balas e capacete de guerra.
O pernoite no salão de dormir, com colchões de espuma e cobertores militares, custa dez euros. Como opção para leitura, são oferecidos jornais da época. Dos alto-falantes, saem sons intermitentes de tiros e explosões, inclusive à noite.
A energia para as poucas lâmpadas do estabelecimento vem de uma bateria de carro. À noite, são usadas velas. Não há água corrente e a única fonte de calor no inverno é um pequeno forno à lenha.
O revestimento plástico nas janelas é o mesmo que foi distribuído pela organização de refugiados das Nações Unidas durante a guerra. Assim os moradores isolavam as janelas depois que os vidros foram quebrados por explosões de bombas.

Após a Eslovênia e a Croácia se tornarem independentes da então Iugoslávia, aconteceram movimentos pela separação na Bósnia e Herzegóvina. Mas não havia consenso entre os grupos étnicos. Enquanto bósnios e croatas queriam a independência, os sérvios eram contra. A situação se acirrou quando alguns países reconheceram a soberania da Bósnia e Herzegóvina em 1992.
O cerco à capital, Sarajevo, durou quase quatro anos. O acesso dos 380 mil moradores a alimentos, água, calefação e eletricidade foram cortados. Para garantir o abastecimento, foi criada uma ponte aérea. Para se protegerem de franco-atiradores e bombardeios, muitos viviam em porões. Mais de 11.500 pessoas morreram em Sarajevo, incluindo 1.600 crianças.
Evitar novas guerras

Fonte: Deutsche Welle
0 comentários:
Postar um comentário