segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

EUA responderão aos avanços militares chineses, diz secretário de defesa


Os Estados Unidos vão responder ao crescimento militar da China, afirmou o secretário de Defesa norte-americano, Robert Gates. Ele viajou a Pequim para conversas com líderes políticos e militares chineses.

Enquanto sua economia cresce, a China aumentou significativamente o investimento militar, e seus avanços mais rápidos do que o esperado em mísseis balísticos, aviões de combate e outros programas estratégicos chamaram a atenção dos Estados Unidos.

Gates reconheceu que alguns dos avanços da China, se confirmados, podem eventualmente minar as tradicionais capacidades militares norte-americanas na região do Oceano Pacífico.

"Eles claramente têm o potencial de colocar nossas capacidades em risco e temos de prestar atenção neles. Temos de responder apropriadamente com nossos próprios programas", afirmou Gates a repórteres, na noite de sábado (horário de Brasília).

"Minha esperança é de que, por meio do diálogo estratégico do qual estou falando, talvez a necessidade de algumas dessas capacidades seja reduzida", acrescentou.

Gates citou um esboço de um orçamento de cinco anos, que ele divulgou na quinta-feira, como um exemplo de como o setor militar dos EUA pode manter sua liderança. Isso inclui investimentos em uma nova geração de bombardeiros nucleares, novos radares e comunicadores eletrônicos e uma nova tecnologia de lançamento de satélites.

Autoridades norte-americanas souberam nas últimas semanas de descobertas de avanços das capacidades militares chinesas, incluindo um programa de mísseis balísticos anti-navios, que poderiam desafiar porta-aviões norte-americanos no Pacífico.

"Eu tenho estado preocupado sobre o desenvolvimento de mísseis anti-navios e balísticos desde que assumi o cargo", disse Gates. Ele acrescentou que a China aparenta estar "razoavelmente avançada" com seu míssil balístico anti-navios, mas afirmou que não sabia se eles já estavam operando.

A China também pode estar pronta para lançar seu primeiro porta-aviões em 2011, mais rápido do que algumas estimativas. Novas fotos indicam que o país tem um protótipo de um avião de combate invisível aos radares.

Ainda assim, Gates parecia diminuir o programa chinês. Perguntado sobre o protótipo, ele disse: "Eu acho que há algumas dúvidas sobre quão invisível [ele é]".

O propósito oficial da viagem de Gates à China é de melhorar as relações com os militares chineses.

Os laços militares entre EUA e China foram suspensos durante grande parte de 2010, pois a China protestou pela proposta do presidente norte-americano, Barack Obama, de vender armas a Taiwan. A viagem de Gates à China é a demonstração mais visível de que as relações entre as nações se normalizaram.

O secretário de Defesa afirmou que não espera reviravoltas nas relações com o setor militar chinês durante a visita, dizendo que uma melhora nos laços deveria ser mais gradual.

"Eu acho que é evolutivo, particularmente no lado militar para militar", afirmou.

A visita de Gates ocorrerá uma semana antes de o dirigente chinês, Hu Jintao, ir a Washington, criando um ambiente diplomático que os EUA esperam ser bom para que Gates avance em importantes questões de segurança.

"Eu acho que o claro desejo chinês de que eu fosse primeiro, fosse à China antes do presidente Hu ir a Washington, era uma indicação do interesse deles em fortalecer sua parte nas relações", afirmou Gates.

Fonte: Reuters
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3 comentários:

  1. Os interesses dos EUA sempre provocarão atritos com o mundo, e é claro que os chineses não ficam de fora das políticas americanas.
    Não satisfeito com a guerra fria com a Rússia, os EUA agora querem rivalizar essa disputa tecnológica com a China, ao dizer que "preciam responder apropriadamente com seus próprios programas".
    Que país é esse?

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  2. Uma opinião para enriquecer este site. Deveriam atualizar sobre as manobras americanas no mar amarelo, onde um porta-avioes chega a 500 km da costa chinesa e seus meios eletronicos tem raio de ação de 1 000 kms. Analisar a delimitação do mar territorial das Coréias e a aceitação por essa partilha americana do mar da Coréia ....e por ai vai....Acho que isso ajudaria a enriquecer sobre ambos os lados.

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