quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ambições navais Chinesas




Os esforços de Pequim para estender seu alcance militar e territorial estão deixando nervosos os aliados dos EUA na região e levantando questões legítimas sobre a diplomacia americana e seus futuros projetos de aquisições militares. Numa recente declaração, o comandante das forças dos EUA do Pacífico revelou que a China poderia em breve por em operação um míssil balístico capaz de ameaçar os porta-aviões americanos na região.

É notório que Pentágono tenha um longo histórico de exageros quanto as ameaças chinesas e que usa disso para justificar as suas compras de armamentos de programas militares excecivamente caros.

Especialistas consideram muito difícil o afundando de navios por mísseis balísticos. Porém, neste caso, há de fato um ponto de preocupação por parte dos estrategistas e não reside no tal míssil em si, mas sim na nova estratégia chinesa naval por trás dele.



A China parece cada vez mais intencionada a desafiar a supremacia naval de Estados Unidos no Pacífico Ocidental. Ao mesmo tempo, pressiona agressivamente suas reivindicações sobre as ilhas do Leste e do Sul do mar da China. Washington precisa responder firmemente, porém, com cautela.

O Pentágono deve acelerar os esforços para dotar as forças navais americanas na Ásia, de sistemas menos vulneráveis às ameaças de mísseis chineses, dando-lhes os meios para projetar o seu poder de dissuasão com vetores capazes de operar mais distantes da costa.

O corte no programa do super destroyer furtivo DDG-1000 , clasee Zumwalt, cujos sistemas de defesa antimísseis era deficiente, foi um dos primeiros passos.

Porém o maior deles talvez seja o de reduzir a dependência da Marinha dos Estados Unidos dos seus caças tripulados de “curto” alcance de curto alcance, tais como o F-18 e F-35, substituindo-os por aeronaves não tripuladas de longo alcance tal como o projeto da aeronave embarcada N-UCAS.

A Força Aérea por sua vez, também deve se debruçar sobre os seus planos de adquirir 2.000 aviões de curto alcance e não bombardeiros de longo raio.




A administração Obama também deve redobrar os seus esforços diplomáticos para convencer Pequim de que a cooperação é muito melhor do que uma rivalidade perigosa e militarmente onerosa, e neste ambito, a Coreia do Norte é um bom ponto de partida. Os dois países compartilham um interesse claro em frear as ambições nucleares de Pyongyang e as ameaças imprudentes do regime de kim jong.

A China é o principal fornecedor de alimentos e combustíveis da Coréia do Norte, os chineses tem sido muito relutantes em utilizar o seu peso político para mudar os rumos da desatrosa relação da Corea do Norte com os EUA e Coréia do Sul.

A China tem um grande afluxo de refugiados, que podem siurgir de um provável conflito naquela região. Porém, antes que seja tarde demais, Pequim precisa perceber que um vizinho nuclearmente armado não trará estabilidade a região, esta interpretação é errada e mais errada ainda é acreditar que a presença deste vizinho forçará a uma retirada militar americana da região.

Lidar com a grande potencia em ascensão, a China, pode ser o maior desafio de Washington nas próximas décadas. Os Estados Unidos não tem interesse em gerar tensões.A China encontra-se em rápido desenvolvimento e deveria focar melhor a aplicação de suas riquezas que não em armas. Mas, quando a China empurra, como está fazendo agora, os EUA precisam empurrar para trás com uma mistura criativa de elasticidade e firmeza diplomática militar.

Fonte: The New York times


Adpatação e Tradução: E.M.Pinto - Plano Brasil

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