quarta-feira, 8 de abril de 2015

“É inadmissível ser espionado por qualquer país", diz ministro

O governo brasileiro pretende manter a batalha contra ataques cibernéticos. “É inadmissível ser espionado por qualquer país”, disse hoje o ministro da Defesa, Jacques Wagner. O assunto pode entrar na agenda de discussões da VII Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, no fim de semana.
Wagner disse que o governo brasileiro se manterá firme para defender a autonomia do país. “Não vamos admitir que empresas ou figuras da importância da presidente da República estejam na lista de espionagem de qualquer país”, destacou.
No ano passado, Dilma Rousseff cancelou viajem aos Estados Unidos por conta de informações de que aquele país a tinha espionado. Em uma entrevista à agência de notícias “Bloomberg” esta semana, Dilma afirmou que as revelações não interromperam a relação comercial entre os dois países. Dilma e o presidente dos EUA, Barack Obama, se encontrarão na reunião que começa sexta-feira no Panamá.
Jacques Wagner admite, no entanto, que a maior dificuldade está no domínio da tecnologia. Segundo o ministro, a luta contra os ataques cibernéticos está entre os três projetos estratégicos da área de Defesa
que têm recebido investimentos, ao lado das áreas aeroespacial e nuclear.
Esse tipo de monitoramento faz parte hoje de uma nova dimensão da área de Defesa, segundo o ministro de Defesa da Argentina Agustin Rossi, que hoje recebeu Wagner, em Buenos Aires. Foi a primeira viagem do ministro brasileiro ao Exterior desde que ele assumiu a pasta.
O encontrou serviu, segundo ambos afirmaram, para estreitar as alianças entre os dois países na área de Defesa. O principal assunto foi o projeto do avião militar KC-390, desenvolvido pela Embraer numa parceria que envolveu Brasil, Argentina, Portugal e República Tcheca.
A Argentina forneceu parte dos componentes da aeronave que já fez seu voo experimental. O voo inaugural, a ser definido pela Embraer, deverá ocorrer nos próximos meses, segundo Wagner. À saída da reunião com Rossi, no Ministério da Defesa argentino, o ministro brasileiro destacou que o produto brasileiro será mais competitivo do que um similar produzido nos Estados Unidos. “Isso será bom para a nossa balança comercial”, disse. O governo brasileiro já encomendou 28 unidades do KC-390 e o argentino, seis aeronaves.

Fonte: Valor Economico
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