quarta-feira, 9 de julho de 2025

Análise: Ataques Houthi no Mar Vermelho expõem riscos globais e limites da segurança marítima internacional

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O recente ataque realizado pelos rebeldes Houthi contra o graneleiro MV Magic Seas, seguido pela ofensiva contra o Eternity C, marca um preocupante retorno da campanha de agressões a navios mercantes no sul do Mar Vermelho. Após um hiato desde dezembro de 2024, os Houthis voltam a atacar com métodos cada vez mais sofisticados e letais, ampliando as tensões no comércio marítimo global.

O ataque ao Magic Seas, registrado em vídeo com produção cuidadosamente planejada, não é apenas um ato de violência. Trata-se de um movimento estratégico, pensado para projetar força, gerar propaganda e reafirmar a capacidade operacional do grupo, numa espécie de “marketing militar”. O vídeo lembra fortemente a gravação do sequestro do Galaxy Leader, em novembro de 2023, evento que inaugurou a escalada de ações contra navios mercantes na região.

O uso combinado de mísseis, drones e barcos não tripulados demonstra como o conflito assimétrico tem evoluído rapidamente. Essas táticas, baratas e de difícil detecção, impõem riscos reais até mesmo aos navios mais modernos e evidenciam o quanto as defesas tradicionais podem ser ineficazes em certos cenários.

Mais grave ainda foi o ataque ao Eternity C, que resultou na morte de três marinheiros filipinos, um claro lembrete de que o custo humano dessas operações vai muito além dos prejuízos econômicos. Os relatos apontam que o ataque foi simultâneo e extremamente agressivo, envolvendo drones marítimos, lanchas rápidas e até lançadores de RPGs. Este tipo de ofensiva, típica de guerra irregular, transforma o Mar Vermelho em uma zona de risco permanente.

O Departamento de Estado dos EUA classificou os ataques como atos terroristas não provocados, reafirmando o compromisso de proteger a liberdade de navegação. Contudo, a realidade é mais complexa. Os Houthis vêm deixando claro que seus ataques são seletivos, mirando embarcações ligadas, direta ou indiretamente, a Israel ou a seus aliados. Segundo dados da Windward, cerca de 1.113 navios atracaram em portos israelenses nos últimos seis meses, e mais de 15.000 embarcações gerenciadas comercialmente pelas mesmas empresas estão potencialmente sob ameaça.

Um alerta para o comércio global

O impacto disso vai muito além da região. Ao colocar um sexto da frota marítima global sob risco potencial, os Houthis elevam o grau de incerteza nos corredores marítimos mais estratégicos do planeta. A crise no Mar Vermelho não é apenas um problema regional: trata-se de um desafio direto ao comércio mundial, ao sistema de seguros marítimos e à própria ordem econômica global.

Os ataques também revelam uma realidade incômoda: mesmo com a presença militar das principais potências, como EUA e seus aliados, a capacidade de proteger o tráfego comercial em zonas de conflito permanece limitada. Além disso, os Houthis, ao aliarem tática militar e propaganda digital, mostram como grupos não estatais podem, com poucos recursos, paralisar cadeias logísticas inteiras e comprometer vidas.

Considerações finais

Por mais que a reação internacional condene os ataques, o conflito tende a se prolongar. Os Houthis estão utilizando o Mar Vermelho como palco para ampliar sua influência política e militar, com foco não apenas no Iêmen, mas em todo o Oriente Médio.

O mundo, por sua vez, se vê diante de um impasse: proteger a navegação mercante sem mergulhar em uma nova escalada militar aberta. Até lá, cada navio que cruzar o sul do Mar Vermelho, mesmo que sem ligação com o conflito, navegará sob risco.

O que está em jogo vai muito além da segurança de cargueiros: trata-se do futuro da navegação global em tempos de guerra híbrida.


por Angelo Nicolaci


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KC-390 decolando no mundo: Embraer negocia com até 10 países e projeta novo salto nas vendas

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A Embraer reforça sua posição no mercado global de defesa com o avanço do cargueiro militar KC-390 Millennium, que atualmente está em negociação com até 10 países. O dado foi confirmado pelo presidente-executivo da empresa, Francisco Gomes Neto, durante o Fórum Empresarial dos BRICS, realizado no fim de semana.

Sem citar os países envolvidos, Neto destacou que as conversas têm avançado de maneira positiva e sinalizam um interesse crescente pelo avião de transporte tático da Embraer. “Não posso falar nomes… (mas negociamos) com 5, 10 (países). É bastante”, afirmou em entrevista à Reuters.

O KC-390 tem conquistado espaço no mercado internacional, com vendas já confirmadas para Portugal, Hungria, Áustria, Coreia do Sul e, mais recentemente, Lituânia, que anunciou a escolha da aeronave como seu novo vetor de transporte militar.

Apesar do avanço, o presidente da Embraer reforçou que a empresa mantém foco em um dos contratos mais desafiadores: a venda para a Força Aérea dos Estados Unidos. “Estamos tentando convencer a Força Aérea Americana sobre o KC-390. Até agora, só levamos para demonstração, mas ainda não vendemos nenhum”, comentou.

Receita recorde e ritmo acelerado de entregas

Além do fortalecimento no setor de defesa, a Embraer também segue em ritmo acelerado no mercado comercial. A empresa encerrou 2024 com receita recorde de US$ 6,4 bilhões e projeta faturamento entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões em 2025.

As entregas de aeronaves refletem esse momento positivo. A companhia registrou um crescimento de 40% nas entregas no primeiro semestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, e projeta alta adicional de 17% nas entregas até o fim do ano.

De acordo com Francisco Gomes Neto, esse desempenho é resultado de uma melhor organização da linha de produção. “Esse crescimento grande é porque a gente está nivelando a produção, que antes era concentrada no fim do ano. Estamos distribuindo melhor”, explicou.

Vendas estratégicas e projeções ambiciosas

Em 2025, a Embraer já anunciou importantes vendas, incluindo 45 jatos para uma companhia aérea escandinava e 15 aeronaves para uma empresa japonesa, além de acordos com a Airlink, da África do Sul, e a SkyWest, dos Estados Unidos.


Esses contratos fazem parte da estratégia da empresa para atingir um faturamento anual de US$ 10 bilhões até 2030, meta que o presidente acredita poder antecipar, com base no ritmo atual de encomendas.

O bom momento também tem refletido no mercado financeiro. As ações da Embraer ultrapassaram R$ 83 na última semana, atingindo o maior valor de sua história.

Para o executivo, os resultados alcançados são consequência de uma estratégia disciplinada, iniciada em 2020. “Nosso foco era fazer o básico bem feito: reduzir custos, vender aviões, cortar estoques e fortalecer a cultura interna. Estamos entregando resultados consistentes, e o mercado tem reconhecido isso”, concluiu Neto.

Com forte presença nos mercados de aviação comercial e militar, e com o KC-390 cada vez mais consolidado no cenário global, a Embraer entra em um novo ciclo de expansão, mirando novos contratos e reforçando seu protagonismo na indústria aeroespacial.


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Ataque com laser: Alemanha convoca embaixador da China após incidente militar

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As tensões diplomáticas entre Alemanha e China se intensificaram nesta semana após Berlim acusar militares chineses de terem disparado um laser contra uma aeronave alemã que participava da operação da União Europeia no Mar Vermelho. Como resposta ao incidente, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha convocou o embaixador chinês para prestar esclarecimentos.

De acordo com o governo alemão, o incidente ocorreu no início de julho durante uma missão de rotina no âmbito da "Operação Aspides", uma iniciativa da UE voltada à proteção de rotas marítimas internacionais naquela região estratégica. Segundo o Ministério da Defesa alemão, um navio de guerra chinês, que já havia sido identificado diversas vezes na área, disparou um feixe de laser contra a aeronave sem qualquer comunicação prévia ou justificativa aparente.

O ministério afirmou que o disparo colocou em risco a segurança da tripulação e da aeronave, levando ao encerramento antecipado do voo por precaução. A aeronave pousou em segurança em uma base em Djibuti, posteriormente a missão foi retomada. O equipamento atingido era uma Plataforma Multissensor (MSP), considerada o “olho voador” da operação, e operada por um serviço comercial civil em colaboração com militares alemães.

O governo alemão classificou o episódio como “totalmente inaceitável”. Em publicação na rede social X, o Ministério das Relações Exteriores de Berlim afirmou: “Colocar pessoal alemão em risco e interromper a operação é completamente inaceitável”.

Por outro lado, a China negou a acusação. Questionada durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (9), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, declarou que as informações divulgadas pela Alemanha “são totalmente inconsistentes com os fatos conhecidos pelo lado chinês”.

Mao destacou que a Marinha Chinesa atua na região cumprindo missões de escolta no Golfo de Áden e nas águas próximas à Somália, contribuindo para a segurança das rotas marítimas internacionais. Ela ainda defendeu que os dois países mantenham diálogo baseado em fatos para “evitar mal-entendidos e julgamentos equivocados”.

Incidentes anteriores e cenário geopolítico

Apesar de a China já ter negado, no passado, o uso de lasers contra aeronaves americanas, casos envolvendo países europeus da OTAN são menos frequentes. Em 2020, os EUA acusaram um navio chinês de ter disparado um laser contra uma aeronave de patrulha americana no Pacífico, o que também foi negado por Pequim.

O incidente recente ocorre em um momento de crescente preocupação dentro da União Europeia sobre a influência chinesa em setores estratégicos, incluindo tecnologias críticas e infraestrutura de segurança.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a UE acompanha de perto o caso e está em diálogo com os Estados Unidos sobre as medidas a serem adotadas diante do ocorrido.

O que é a Operação ASPIDES?

A Operação ASPIDES é uma missão militar conduzida pela União Europeia com o objetivo de proteger navios civis e comerciais que transitam pelo Mar Vermelho, Golfo de Áden e Estreito de Bab el-Mandeb, uma das rotas marítimas mais importantes do mundo.

Criada em fevereiro de 2024, a operação foi uma resposta direta ao aumento dos ataques contra navios na região, especialmente por grupos armados, como os Houthis, no contexto do conflito no Iêmen. Além de proteger o comércio internacional, a missão também busca garantir a segurança dos fluxos marítimos essenciais para diversos países.

Entre as principais atividades da ASPIDES estão a escolta de embarcações, o monitoramento aéreo e naval, com o uso de aeronaves, drones e sensores, e a reação a ameaças como pirataria, terrorismo e ataques militares.

Participam da operação diversos países da União Europeia, como Alemanha, França, Itália e outros parceiros do bloco, que contribuem com navios, aeronaves e pessoal especializado.

O nome "ASPIDES" tem origem no grego antigo e significa “escudos”, representando o papel central da missão: proteger e garantir a segurança no mar.


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com Reuters


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Espanha encomenda novos satélites de vigilância PAZ-2 à Airbus para reforçar defesa e segurança

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A unidade de Defesa e Espaço da Airbus foi selecionada pela operadora espanhola Hisdesat para construir dois satélites de radar avançados PAZ-2, que serão utilizados pelo Ministério da Defesa da Espanha. O anúncio foi feito pela empresa nesta quarta-feira (9).

Os novos satélites terão capacidade para fornecer imagens de radar 24 horas por dia, oferecendo suporte tanto para operações de inteligência e vigilância militar quanto para aplicações civis, como o monitoramento ambiental e a avaliação de desastres naturais. Eles substituirão o atual satélite PAZ, que está em operação desde 2018 e é um dos principais ativos de observação da Terra da Espanha.

Em meio ao atual cenário geopolítico, o contrato é considerado estratégico para reforçar a autonomia tecnológica espanhola. “Com os satélites PAZ-2, a Airbus reafirma seu compromisso com o fortalecimento da soberania tecnológica em segurança e defesa”, destacou Alain Faure, chefe da Airbus Space Systems.

Segundo a Airbus, o primeiro dos dois satélites deverá entrar em operação em meados de 2031. As atividades de montagem e testes ocorrerão nas instalações da empresa em Getafe, na Espanha, reforçando o papel da indústria local no desenvolvimento do projeto.

Com este contrato, a Espanha amplia suas capacidades de vigilância espacial e fortalece sua posição no setor de segurança e defesa na Europa.


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com Reuters



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Saab apresentará suas principais tecnologias aeroespaciais e de defesa na F-AIR Colômbia 2025

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A Saab, uma das líderes globais no desenvolvimento de soluções de defesa e segurança, participará da F-AIR Colômbia 2025, uma das mais importantes feiras internacionais do setor aeroespacial e de defesa, que será realizada entre os dias 9 e 13 de julho de 2025, em Rionegro, Medellín, na Colômbia.

Durante o evento, a empresa sueca vai apresentar ao público suas tecnologias mais avançadas nos segmentos aeroespacial e de defesa. No estande 234A, visitantes terão a oportunidade de vivenciar uma experiência imersiva com destaque para a réplica em tamanho real do caça Gripen E, além de conhecer o radar Giraffe 1X e as inovadoras soluções de torres digitais (r-TWR).

SAAB r-TRW

O Gripen E, que vem ganhando relevância na América Latina por meio do Programa Gripen Brasileiro, será uma das grandes atrações do evento. Pela primeira vez, o público colombiano poderá acompanhar a demonstração aérea de duas aeronaves Gripen E da Força Aérea Brasileira (FAB), que se apresentarão durante a feira.

Desde a assinatura do contrato para aquisição de 36 caças Gripen, em 2015, o Brasil tem participado de um amplo programa de transferência de tecnologia com a Saab. Mais de 350 brasileiros, entre engenheiros, técnicos e pilotos, foram capacitados na Suécia e trouxeram esse conhecimento de volta ao país, fortalecendo a base industrial de defesa nacional. Atualmente, o Brasil conta com 10 aeronaves Gripen E — nove delas em operação na Base Aérea de Anápolis (GO) e uma envolvida em campanhas de ensaios e desenvolvimento no Centro de Ensaios em Voo do Gripen, em Gavião Peixoto (SP).

Reconhecida mundialmente, a Saab oferece soluções que combinam alta tecnologia, confiabilidade e excelente custo-benefício. Presente em mais de 100 países, a empresa atua nas áreas de aeronáutica, armamentos, comando e controle, sensores e sistemas terrestres e navais.

Principais atrações do estande da Saab:

  • Réplica em tamanho real do Gripen E: O público poderá conhecer de perto o caça multifunção, suas capacidades e tecnologias de ponta.

  • Simulador interativo do Gripen E: Visitantes poderão experimentar a sensação de pilotar o Gripen E em um ambiente virtual.

  • Radar Giraffe 1X: Radar móvel 3D de curto alcance com alta capacidade de detecção e mobilidade.

  • r-TWR – Torres Digitais: Solução de controle de tráfego aéreo remoto que oferece eficiência, segurança e centralização das operações aeroportuárias.

Participação acadêmica

Além da exposição, a Saab também integrará a agenda acadêmica da F-AIR Colômbia 2025, com a participação de nomes de destaque:

  • Micael Johansson, presidente e CEO da Saab, falará sobre as tendências globais em defesa e segurança, com foco especial no cenário europeu, no dia 10 de julho, às 10h, na Sala Condor.

  • Marcus Wandt, astronauta sueco e primeiro piloto do Gripen E, realizará uma apresentação exclusiva no mesmo dia, às 11h20, na Sala Condor.

  • Jussi Halmetoja, piloto do Gripen, abordará os desafios do poder aéreo moderno no dia 11 de julho, às 14h45, na Sala Colibri.


Com sede na Suécia, a Saab desenvolve, produz e mantém sistemas avançados nas áreas aeroespacial, naval, terrestre e de defesa cibernética, sendo uma referência mundial em soluções de alta tecnologia. Atualmente, conta com mais de 25 mil colaboradores e mantém parcerias de longo prazo com diversos países, incluindo o Brasil, onde atua com soluções civis e militares e promove o fortalecimento da indústria local de defesa por meio de programas como o Gripen Brasileiro.



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com SAAB

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Como o Harpia Pode Elevar a Letalidade da Artilharia do CFN

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A guerra moderna exige integração, precisão e rapidez nas ações de combate. Neste contexto, o Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP) HARPIA emerge como uma solução estratégica de grande relevância para o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), especialmente no apoio às unidades de artilharia de foguetes e à capacidade de Artilharia de Defesa de Costa, que começa a ganhar forma com a introdução do MANSUP empregado a partir da plataforma Astros.

Desenvolvido pela ADTECH, empresa brasileira com tecnologia 100% nacional, o HARPIA tem se destacado como uma ferramenta versátil e eficiente no campo da artilharia. Em 2023, durante a Operação Formosa, o maior exercício militar do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), realizado em Formosa (GO), o sistema foi apresentado em uma demonstração para o Exército Brasileiro e para o CFN. Na ocasião, comprovou sua capacidade de aquisição de alvos e de orientação de fogo de artilharia, reforçando seu potencial como um elo vital entre sensores e sistemas de armas.

Além disso, o HARPIA também demonstrou seu desempenho no exterior, durante uma demonstração realizada em dezembro de 2024 na Indonésia, onde foi empregado com sucesso em missões de reconhecimento, vigilância e designação de alvos em ambientes operacionais complexos.

Um dos grandes diferenciais do HARPIA é sua arquitetura modular, que permite a integração de diferentes sensores e cargas úteis, adaptando-se a uma ampla gama de missões. O sistema pode ser configurado para atuar no reconhecimento tático, vigilância prolongada, identificação de alvos, marcação e designação de alvos, ampliando sua capacidade de emprego tanto no apoio à artilharia quanto em operações de inteligência e controle de área.

HARPIA em demonstração na Indonésia

Além disso, o HARPIA pode ser rapidamente lançado por meio de um sistema simples de catapulta e recuperado com segurança por paraquedas, o que possibilita seu emprego a partir dos mais adversos e variados terrenos, garantindo mobilidade e flexibilidade às tropas em combate. Integrado aos sistemas de artilharia de foguetes, como o ASTROS, ou aos mísseis MANSUP lançados pelos sistemas de defesa costeira ASTROS, o HARPIA permitiria ao Corpo de Fuzileiros Navais ampliar significativamente o alcance, a precisão e a letalidade de suas ações. Além de localizar e monitorar alvos com alta precisão, o HARPIA fornece dados georreferenciados, otimizando a correção de disparos e elevando a eficácia dos ataques.

Mais do que um vetor de reconhecimento, o HARPIA consolida-se como um elemento-chave na chamada “cadeia sensor-atirador”, em que a identificação, avaliação e neutralização de ameaças ocorrem de forma rápida e eficiente. Essa capacidade representa um diferencial estratégico, sobretudo nos cenários litorâneos e ribeirinhos, áreas de atuação típicas dos Fuzileiros Navais brasileiros.

A integração entre o SARP HARPIA e o sistema ASTROS representaria uma oportunidade concreta para fortalecer a capacidade dissuasória do CFN. Além de expandir a consciência situacional, o Harpia pode operar em perfeita coordenação com os sistemas de artilharia, reduzindo o risco de danos colaterais e aumentando a precisão dos fogos de saturação e dos mísseis de longo alcance.

O Corpo de Fuzileiros Navais, em seu contínuo processo de modernização, já demonstra disposição em adotar soluções inovadoras. Incorporar o HARPIA à artilharia de foguetes e à defesa costeira seria um avanço estratégico e natural, consolidando o CFN como uma força moderna, flexível e capaz de operar com precisão em qualquer cenário.

Integrar um sistema como o HARPIA as capacidades do CFN não é apenas modernizar a artilharia: é garantir superioridade no campo de batalha, com tecnologia nacional e adaptada às necessidades reais do Brasil.


por Angelo Nicolaci


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terça-feira, 8 de julho de 2025

ASELSAN conclui com sucesso teste do sistema de defesa YILDIRIM 100

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A turca ASELSAN, líder no setor de defesa, realizou com êxito o teste do sistema de contramedidas infravermelhas direcionadas (DIRCM) YILDIRIM 100. Durante a avaliação, o sistema conseguiu neutralizar mísseis guiados por infravermelho equipados com ogivas reais, comprovando sua eficácia na proteção de plataformas aéreas.

O teste marca um avanço significativo para a Turquia na área de tecnologias de defesa baseadas em laser, um campo dominado por poucas nações no mundo. O YILDIRIM 100 demonstrou sua capacidade de desviar ameaças ao direcionar energia laser multibanda diretamente nos sensores dos mísseis, neutralizando-os com alta precisão.

Desenvolvido integralmente pela ASELSAN, o sistema foi projetado para atuar em ambientes de combate aéreo moderno, sendo capaz de detectar, rastrear e neutralizar múltiplas ameaças simultaneamente. Com baixo consumo de energia e alta disponibilidade operacional, o YILDIRIM 100 é compatível com aeronaves de asas fixas e rotativas.

Entre seus diferenciais estão o design de torreta dupla, sensores avançados e uma unidade de controle integrada, que permitem respostas rápidas e sincronizadas, além de comunicação eficaz com os sistemas de alerta de mísseis.

Segundo a ASELSAN, o YILDIRIM 100 é uma solução pronta para missão, oferecendo proteção eficaz contra ameaças atuais e emergentes no campo de batalha.

O presidente da ASELSAN, Ahmet Akyol, destacou a importância do feito: “Com o teste bem-sucedido do YILDIRIM 100, elevamos as capacidades de defesa aérea do nosso país ao patamar das principais nações do mundo. Neste ano em que celebramos o 50º aniversário da ASELSAN, este resultado reflete a força da nossa tecnologia nacional e o nosso compromisso permanente com a inovação. Continuaremos desenvolvendo sistemas revolucionários que atendam às demandas do campo de batalha moderno”, afirmou.


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com ASELSAN

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Ministério Defesa e MCTI discutem tecnologias quânticas

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O Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizaram, nesta sexta-feira (4), uma reunião para discutir os avanços da Iniciativa Brasileira para Tecnologias Quânticas (IBQuântica) e sua aplicação no setor de Defesa Nacional. O encontro ocorreu na sede do Ministério da Defesa, em Brasília.

Durante a reunião, representantes do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (DECTI) da Seprod e do Departamento de Programas de Inovação (DEPIN) do MCTI apresentaram os resultados obtidos pela iniciativa e reforçaram a importância da cooperação entre os dois órgãos para o desenvolvimento de tecnologias críticas.

O Diretor do DECTI, Contra-Almirante Charles Wilson Gomes Conti, destacou que a parceria entre as pastas é fundamental para o avanço tecnológico do país em áreas estratégicas. “O estreitamento de laços entre o Ministério da Defesa e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação é de extrema importância para o desenvolvimento de projetos que envolvem Tecnologias Quânticas, além de abrir espaço para futuros trabalhos nas demais tecnologias críticas e nas áreas de interesse para a Defesa Nacional", afirmou.

Defesa e tecnologia de ponta

Durante o encontro, foi ressaltado o vasto potencial das tecnologias quânticas para aplicações militares e civis. No campo da defesa, as tecnologias podem viabilizar o desenvolvimento de radares quânticos para a detecção de aeronaves camufladas, criptografia quântica para garantir comunicações seguras e computadores quânticos capazes de acelerar a criação de novos materiais e medicamentos.

Já em aplicações civis e em tempos de paz, as tecnologias quânticas podem contribuir para a criação de biossensores e dispositivos de imagem para diagnóstico precoce de doenças complexas, garantir maior segurança em transações financeiras com o uso da criptografia quântica e possibilitar a internet quântica, com comunicações ultra seguras e de alta velocidade.

IBQuântica: soberania tecnológica como prioridade

Criada pelo MCTI, a Iniciativa Brasileira para Tecnologias Quânticas tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento nacional nessa área estratégica, buscando reduzir a dependência externa e alcançar a soberania tecnológica. A iniciativa vem sendo estruturada por meio de um grupo de trabalho interministerial e está alinhada às diretrizes nacionais de segurança cibernética, transformação digital e semicondutores.

Com o avanço dos projetos, a expectativa é que o Brasil possa se posicionar de forma competitiva no cenário internacional, desenvolvendo tecnologias de ponta com aplicação tanto na Defesa quanto em setores essenciais para a sociedade.


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com Ministério da Defesa

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Brasil bate recorde histórico nas exportações de produtos de defesa e amplia presença no mercado global

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O setor de defesa brasileiro alcançou um marco histórico em 2024, registrando o maior volume de exportações dos últimos 11 anos. Segundo dados do Ministério da Defesa, o Brasil autorizou exportações que somam R$ 9,53 bilhões (equivalente a US$ 1,65 bilhão), superando o recorde anterior, de US$ 1,62 bilhão, obtido em 2021.

Atualmente, a indústria de defesa nacional comercializa seus produtos e serviços para cerca de 100 países. As aeronaves representam o principal produto exportado, correspondendo a 40% do total das vendas externas. Outros itens de destaque incluem armamentos leves, munições, armamentos não letais e serviços de engenharia especializados em defesa.

O bom desempenho reflete a combinação de diversos fatores, como a busca por novos mercados, a competitividade da indústria nacional e a capilaridade da Base Industrial de Defesa (BID), que representa hoje 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e é responsável pela geração de cerca de 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos.

De acordo com o Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor de defesa tem forte efeito multiplicador: para cada vaga gerada na BID, outras três são abertas em outros segmentos econômicos.

O Secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, destacou que os números são resultado de um trabalho contínuo de fomento ao setor. “Buscamos facilitar, junto às empresas, a produção e a exportação. Oferecemos as condições necessárias para que as empresas possam vender, produzir com segurança no Brasil e realizar as entregas com todas as garantias envolvidas”, afirmou.

O governo federal, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), também tem atuado na promoção ativa dos produtos nacionais em eventos internacionais, feiras de defesa, encontros empresariais e missões comerciais, além de monitorar oportunidades globais de negócios no setor.

Base Industrial de Defesa: tecnologia, soberania e geração de empregos

A Base Industrial de Defesa (BID) é composta por empresas estatais e privadas que atuam nas áreas de pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de equipamentos e serviços estratégicos para a defesa nacional.

Atualmente, 252 empresas estão cadastradas junto ao Ministério da Defesa, compondo um portfólio que reúne cerca de 1.700 produtos de alta tecnologia. Entre eles, estão aeronaves, embarcações, sistemas cibernéticos de proteção de dados, radares, armamentos e soluções avançadas de comunicação segura.

Além de fortalecer a segurança nacional, a BID contribui para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país, posicionando o Brasil como um dos principais exportadores de soluções de defesa no mundo.


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com Ministério da Defesa


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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Harpia: O Drone Brasileiro da ADTECH que Combina Simplicidade, Eficiência e Alto Desempenho em Missões de Segurança e Defesa

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A recente aquisição do sistema HARPIA pelo Governo do Estado do Acre despertou o interesse de diversos órgãos de segurança pública, defesa e vigilância no Brasil. Mais do que uma simples compra, esse movimento destaca a consolidação de uma solução nacional criada para atender os desafios reais das operações de segurança e defesa no território brasileiro. 

Uma Empresa com DNA de Defesa e Segurança 

A ADTECH (Advanced Technologies Security & Defense) nasceu a partir da experiência direta de seus fundadores com as necessidades operacionais das Forças Armadas e órgãos de segurança pública do Brasil. Desde sua criação, a empresa tem como missão desenvolver soluções de alta tecnologia, com foco em vigilância, monitoramento, reconhecimento tático e proteção de fronteiras, sempre com ênfase na autossuficiência nacional e na redução da dependência de fornecedores estrangeiros com todos os produtos “ITAR Free”. 

O desenvolvimento de tecnologias de defesa, como o HARPIA, é fruto do profundo conhecimento técnico acumulado por profissionais que participaram ativamente da introdução de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) nas Forças de Armadas brasileiras, incluindo atuação direta no Exército Brasileiro durante a implantação dos primeiros sistemas de drones. A equipe da ADTECH tem vasto know-how de manutenção e atuação na força, sendo em grande parte, ex-militares que atuaram nos setores de logística e manutenção de aeronaves convencionais. 

O Projeto HARPIA: Concebido para Missões Reais 

O HARPIA foi projetado para responder às demandas de missões ISTAR (Intelligence, Surveillance, Target Acquisition and Reconnaissance) em ambientes complexos e variados, como as extensas fronteiras brasileiras, áreas rurais de difícil acesso e zonas urbanas com restrições operacionais. 

De acordo com Lucas Sarracini, Gerente de Projetos da ADTECH, o processo de desenvolvimento do HARPIA envolveu uma análise criteriosa entre duas principais alternativas de configuração: 

  • Asa fixa convencional com lançamento por catapulta e recuperação por paraquedas 
  • VTOL (Vertical Take-Off and Landing), com capacidade de decolagem e pouso vertical 

Após extensas simulações, ensaios e testes de campo, a equipe optou pela asa fixa convencional, privilegiando fatores como maior autonomia, alcance superior, simplicidade estrutural, baixo consumo energético e redução de pontos críticos de falha. 

A decisão por uma configuração convencional foi estratégica. O HARPIA entrega uma combinação superior entre alcance, eficiência aerodinâmica, confiabilidade mecânica e custo operacional. Para as missões que o Brasil demanda, essa foi a escolha mais eficiente”, afirma Lucas Sarracini. 

Além dos pontos citados, o projeto HARPIA foi revisado e otimizado para se adequar com as certificações brasileiras vigentes: “Fizemos diversos estudos e otimizações para o projeto estar de acordo com as normas e requisitos das agências brasileiras reguladoras, se enquadrando na classe 3 da ANAC e com certificação ANATEL de seus canais de comunicação, reforçando ainda mais o DNA brasileiro da aeronave” completa Lucas. 

Vantagens Técnicas: HARPIA x Drones VTOL 

Enquanto drones VTOL oferecem flexibilidade para operar em espaços restritos, eles também trazem desafios significativos: 

  • Menor autonomia de voo: Modelos VTOL da mesma classe operam entre 2 e 4 horas, enquanto o HARPIA pode superar 12 horas de voo contínuo, cobrindo distâncias de até 1.200 km. 
  • Complexidade mecânica: Sistemas VTOL exigem múltiplos motores, rotores inclináveis e mecanismos móveis de transição, o que aumenta as probabilidades de falha e encarece a manutenção. 
  • Maior consumo de energia: O voo vertical consome muito mais energia, limitando a eficiência e a duração das missões. 
  • Custo de operação mais elevado: Desde a logística até a manutenção, drones VTOL têm um custo por hora de voo muito maior. 

O HARPIA, por sua vez, adota uma filosofia de simplicidade inteligente: 

  • Decolagem rápida por catapulta portátil. 
  • Recuperação segura por paraquedas, reduzindo a necessidade de áreas preparadas para pouso. 
  • Design modular, permitindo manutenção rápida em campo com peças de reposição nacionais. 
  • Menor número de componentes móveis, o que se traduz em alta confiabilidade operacional. 

Performance Validada por Experiência Internacional 

O conceito de asa fixa adotado no HARPIA segue uma tendência global consolidada nas principais zonas de conflito e monitoramento do mundo. Aeronaves com conceitos similares, operadas por países como Rússia, Ucrânia e EUA, demonstraram que em cenários de guerra, operações de fronteira e missões de inteligência, os drones de asa fixa com lançamento por catapulta oferecem a melhor relação entre custo, cobertura e disponibilidade. 

Os aprendizados de conflitos recentes na Ucrânia, Síria e Líbia reforçam o conceito adotado no HARPIA: alta autonomia, baixo peso, simplicidade logística e resiliência em ambientes adversos. 

Aplicações Além do Ambiente Militar 

O potencial do HARPIA vai muito além do uso nas Forças Armadas. As características de longo alcance e baixo custo operacional tornam a aeronave ideal para: 

  • Segurança pública estadual e federal 
  • Patrulhamento de fronteiras Vigilância de rodovias e áreas rurais 
  • Monitoramento ambiental e combate a crimes ambientais 
  • Grandes eventos e missões de inteligência 

Com apenas dois operadores e uma catapulta portátil, o sistema pode ser mobilizado rapidamente para diferentes tipos de missão, eliminando a dependência de pistas de pouso ou infraestrutura complexa. 

O HARPIA, com sua concepção técnica baseada na realidade das operações de segurança pública e defesa, representa um avanço importante na capacidade autônoma do Brasil de produzir e empregar tecnologias estratégicas de monitoramento aéreo. 

A aquisição pelo Estado do Acre é um marco inicial. Mas a tendência aponta para um futuro em que cada vez mais órgãos de segurança e defesa apostem em soluções nacionais, eficientes, acessíveis e sob medida para os desafios brasileiros. 

Um Portfólio Completo para Segurança e Defesa 

A ADTECH é uma empresa 100% brasileira, reconhecida pelo Ministério da Defesa como Empresa de Defesa (ED). Especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para defesa, segurança pública, defesa territorial e inspeções patrimoniais, a ADTECH investe em inovação, integração de sistemas autônomos e alta performance, consolidando-se como referência no setor. 

O HARPIA faz parte de um portfólio mais amplo da ADTECH, que inclui soluções integradas para o setor de segurança e defesa: 

  • Sistemas de monitoramento de sinais de rádio 
  • Interceptação de sinais celulares 
  • Soluções anti-drone (C-UAS) 
  • Radares ativos 
  • Projetos de microssatélites para sensoriamento remoto e comunicação estratégica 

A combinação dessas tecnologias fortalece a capacidade nacional de proteção territorial, inteligência e vigilância. 


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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Reino Unido na Mira da Turkish Aerospace: Hürjet Surge como Candidato ao Substituto do Hawk T2

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Com a previsão de descomissionamento da aeronave de treinamento avançado Hawk T2 da Royal Air Force (RAF) por volta de 2040, o TAI Hürjet, desenvolvido pela Turkish Aerospace Industries (TAI), desponta como um potencial substituto e ganha espaço nas discussões estratégicas no Reino Unido. A possibilidade se fortalece diante do aprofundamento das relações bilaterais entre o Reino Unido e a Türkiye, especialmente no campo da defesa e da indústria aeroespacial.

Projetado para atender às demandas contemporâneas avançadas de treinamento e combate leve, o Hürjet já conquistou visibilidade internacional após a opção da Espanha pela aeronave turca como um dos candidatos para substituir sua frota de F-5. Essa escolha impulsionou a reputação da aeronave, colocando-o em evidência nos mercados europeus.

O Hürjet é uma aeronave de treinamento avançado e ataque leve supersônico, capaz de executar missões de treinamento, patrulha aérea e apoio aproximado. A aeronave representa o primeiro projeto de caça desenvolvido na Türkiye e é parte central da estratégia turca de fortalecimento de sua base industrial de defesa. Com sua arquitetura moderna, aviônica de última geração e capacidade de integração com armamentos inteligentes, a aeronave atrai atenção de países que buscam substituir suas aeronaves de treinamento por soluções mais versáteis e adaptadas aos desafios contemporâneos.

O Reino Unido, que busca garantir a continuidade de sua capacidade de formação de pilotos de caça de forma eficaz e econômica, observa com atenção as alternativas emergentes no cenário global. A substituição do Hawk T2, que atualmente desempenha papel essencial na preparação de pilotos para aeronaves como o Typhoon e o F-35B, exigirá uma plataforma confiável, moderna e com custos operacionais competitivos.

A aproximação estratégica entre Londres e Ancara também favorece essa possibilidade. O Reino Unido tem sido um parceiro de peso no Global Combat Air Programme (GCAP), que também conta com a participação da Itália e do Japão. Paralelamente, a Türkiye tem demonstrado interesse em cooperar com países ocidentais em projetos tecnológicos e industriais, reforçando laços que podem abrir portas para a inserção do Hürjet no ecossistema europeu de treinamento militar.

Além disso, a participação da empresa brasileira AKAER no desenvolvimento do Hürjet mostra o potencial de cooperação internacional no programa, ampliando a credibilidade do projeto junto a parceiros e aliados da OTAN.

Embora ainda não haja uma decisão oficial por parte do Reino Unido, a crescente visibilidade internacional do Hürjet, somada à necessidade futura da RAF por uma nova aeronave de treinamento, coloca o jato turco no radar britânico como um candidato realista e estratégico para substituir o Hawk T2.

O cenário geopolítico, as exigências operacionais e os custos envolvidos farão parte das avaliações nos próximos anos, mas o Hürjet já se posiciona como uma opção atraente para países que buscam autonomia, inovação e custo-benefício na formação de suas forças aéreas.  


por Angelo Nicolaci


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23ª Brigada de Infantaria de Selva Realiza Exercício Tático de Tiro Real para Garantir Prontidão Operacional

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Entre os dias 23 e 26 de junho, a 23ª Brigada de Infantaria de Selva conduziu o Exercício Tático de Tiro Real (ETTR), reunindo cerca de 200 militares do 50º Batalhão de Infantaria de Selva. A iniciativa teve como objetivo manter elevado o nível de adestramento das frações e assegurar a prontidão da tropa para futuras operações.

O ETTR foi realizado no contexto da preparação operacional para a certificação da Força de Prontidão (FORPRON), prevista para agosto deste ano. Essa atividade integra o ciclo de treinamento das tropas do Comando Militar do Norte, especialmente voltadas para as operações na Amazônia Oriental, incluindo a COP 30.

O exercício foi dividido em quatro fases distintas: planejamento e ordens, testes práticos de armamento, exercício com tiro de festim e ataque com fogo real. Durante a simulação de uma operação ofensiva, os Pelotões de Fuzileiros realizaram ataques coordenados contra posições inimigas, aproximando-se ao máximo da realidade operacional.

O treinamento focou no adestramento progressivo, partindo do nível individual até o de subunidade, com atenção exclusiva às frações enquadradas no Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre (SISPRON). Essas frações passam por rigorosa avaliação visando a certificação operacional.

A FORPRON do Exército Brasileiro é composta por tropas selecionadas e altamente treinadas, mantidas em estado permanente de prontidão para atuar rapidamente em missões em qualquer parte do país. O exercício promovido pela 23ª Brigada contribui para o desenvolvimento das capacidades das Organizações Militares envolvidas e fortalece o SISPRON, garantindo que as tropas estejam preparadas para responder com eficiência às demandas operacionais.


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com Exército Brasileiro

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Coletes Balísticos para Mulheres: Tecnologia e Ergonomia para Mais Proteção e Conforto

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A evolução dos coletes balísticos vai além da resistência e da leveza. Em situações reais de uso, principalmente sob altas temperaturas e longas jornadas de trabalho, o conforto e a mobilidade tornam-se aspectos essenciais para garantir a segurança dos usuários, e esse desafio é ainda maior quando as usuárias são mulheres. Para elas, a busca por ergonomia não é apenas uma questão de conforto, mas também de proteção vital.

Pensando nisso, a DuPont desenvolveu a fibra de copolímero de aramida Kevlar® EXO™, que representa um importante avanço tecnológico. Com potencial de reduzir em até 25% o peso dos coletes tradicionais, o material se destaca pela capacidade de se adaptar melhor à silhueta humana, especialmente à feminina, sem a necessidade de bojos rígidos ou moldes termoformados, que costumam restringir a mobilidade e causar desconforto.

De acordo com Marcelo Fonseca, líder do Negócio de Defesa da DuPont para a América Latina, o desempenho balístico não depende apenas da resistência do material, mas também do ajuste adequado do colete ao corpo. Segundo ele, um colete mal ajustado pode gerar áreas de folga que, em caso de disparo, aumentam o risco de trauma severo, hemorragia interna ou até perfuração, mesmo quando o colete é tecnicamente capaz de conter o projétil. Esse risco é ainda maior em regiões do corpo com anatomia mais complexa, como o tórax feminino. “Se o colete não estiver bem ajustado e a usuária for atingida em uma área com contornos, como os seios, o perigo se eleva consideravelmente”, alerta Fonseca.

Para garantir que o colete ofereça não apenas proteção, mas também liberdade de movimento, a DuPont firmou parceria com o laboratório alemão Hohenstein, especializado em biomecânica. Juntas, as empresas desenvolveram métodos de testes quantitativos que simulam ações comuns no dia a dia de quem utiliza esse tipo de equipamento, como agachar, curvar-se ou amarrar o coturno. Esses testes medem com precisão como o colete afeta a mobilidade e a pressão em áreas sensíveis, como pescoço, ombros e costelas. Segundo Fonseca, essas metodologias superam os tradicionais testes qualitativos, que podem ser influenciados por fatores externos, como fadiga, calor ou mesmo o humor dos participantes. “Com dados concretos e análises biomecânicas, conseguimos medir o impacto real do colete sobre o corpo. Coletes mais flexíveis permitem ao usuário manter o foco total na missão, sem comprometer sua destreza e desempenho”, afirma.

Além do conforto e da proteção, o Kevlar® EXO™ também se destaca pela durabilidade. A fibra apresenta robustez comparável ao Kevlar® tradicional, com alta estabilidade térmica, o que a diferencia de materiais como o polietileno balístico. Segundo Fonseca, mesmo após longos períodos de uso em condições de calor extremo e armazenagem prolongada, os coletes fabricados com Kevlar® EXO™ ou Kevlar® mantêm sua integridade e desempenho. “Em países com clima severo, como o Brasil, materiais menos robustos tendem a degradar rapidamente, comprometendo a segurança. Já o Kevlar® EXO™ oferece resistência superior mesmo nessas condições”, explica.

Outro diferencial importante do Kevlar® EXO™ é a possibilidade de reciclagem, o que reforça o compromisso da DuPont com a sustentabilidade e a economia circular. O material pode ser reaproveitado em setores como o de transporte, sendo utilizado em pneus, pastilhas de freio e outros componentes automotivos. Fonseca revela que, com o avanço das tecnologias, agora também é possível recuperar as fibras mesmo quando combinadas com resinas flexíveis, o que amplia ainda mais as possibilidades de reaproveitamento do material.

A DuPont é líder global em inovação com materiais e soluções baseadas em tecnologia, oferecendo produtos que transformam indústrias e o cotidiano em diversos mercados, como eletrônicos, transporte, construção, água, saúde e segurança do trabalhador.


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GCAP - Reino Unido, Itália e Japão Criam a Edgewing para Liderar o Futuro da Aviação de Combate

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Um novo capítulo na cooperação internacional em defesa começou com o lançamento oficial da Edgewing, joint venture que une três potências da indústria aeroespacial: BAE Systems (Reino Unido), Leonardo (Itália) e Japan Aircraft Industrial Enhancement Co. Ltd. (Japão).

A Edgewing será a responsável pelo projeto e desenvolvimento da próxima geração de aeronaves de combate, no âmbito do Global Combat Air Programme (GCAP), e permanecerá como a autoridade de projeto durante toda a vida útil do sistema, que deve ultrapassar o ano de 2070.

A nova empresa terá um papel central no cumprimento dos objetivos ambiciosos do GCAP, incluindo a entrada em serviço prevista para 2035, e estabelece um novo padrão para parcerias industriais entre Europa e Ásia, unindo inovação, tecnologia e cooperação estratégica.

Marco Zoff, ex-diretor administrativo da Leonardo Aircraft Division, foi nomeado como o primeiro diretor executivo da

Governança, Estrutura e Operações da Edgewing

O conselho de administração da Edgewing será responsável pela gestão da empresa. A presidência do conselho será rotativa entre os três acionistas, e o primeiro presidente nomeado foi Herman Claesen, diretor administrativo da Future Combat Air Systems da BAE Systems Air.

A Edgewing será encarregada do projeto e desenvolvimento do sistema aéreo de combate de próxima geração no âmbito do GCAP e subcontratará as atividades de fabricação e montagem final da aeronave para a BAE Systems, Leonardo, Mitsubishi Heavy Industries e outros fornecedores da cadeia de suprimentos.

Cada uma das três empresas fundadoras, BAE Systems, Leonardo e Japan Aircraft Industrial Enhancement Co. Ltd. (JAIEC), detém 33,3% de participação acionária na Edgewing, reunindo forças e expertise em um momento crucial para o setor aeroespacial e de defesa internacional.


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