domingo, 12 de novembro de 2023

Leonardo: Avançam negociações envolvendo o desenvolvimento do Leopard 2

 

O conglomerado italiano de defesa e aeroespacial Leonardo, manifestou interesse em participar do programa alemão de desenvolvimento da nova geração do carro de combate Leopard 2, conforme declarou o CEO Roberto Cingolani em uma teleconferência realizada na quinta-feira, 9 de novembro.

O carro de combate Leopard é uma colaboração entre as empresas alemãs Krauss-Maffei Wegmann (KMW) e Rheinmetall.

"Confirmo que estamos explorando essa possibilidade; de fato, as perspectivas são altamente favoráveis, e as negociações estão progredindo positivamente. No entanto, peço que compreendam que, neste momento, não posso fornecer mais detalhes", afirmou Cingolani durante a teleconferência com analistas.

O governo italiano já havia anunciado em julho seus planos de adquirir os carros de combate alemães, com informações de uma fonte na área de defesa indicando que a quantidade pretendida seria em torno de 125 unidades.

Cingolani também revelou a intenção da Leonardo de renegociar um acordo de fornecimento de fuselagem para a aeronave Boeing 787, visando garantir preços ajustados que reflitam as taxas de inflação. Ele expressou a possibilidade de avanços positivos nessa frente nas próximas 6 a 8 semanas ou mais.

A empresa divulgou resultados financeiros sólidos, destacando ganhos, receitas e novos pedidos em crescimento. A rentabilidade nos nove meses até 30 de setembro foi impulsionada principalmente pelos setores de eletrônicos, aeronaves e helicópteros europeus.

O lucro antes de juros, impostos e amortização (EBITA) atingiu 214 milhões de euros (229,15 milhões de dólares) no terceiro trimestre, superando a estimativa de consenso e os 201 milhões de euros registrados entre julho e setembro de 2022. As receitas alcançaram 3,38 bilhões de euros no mesmo período, enquanto as novas encomendas totalizaram 4,58 bilhões de euros, representando um aumento em relação ao ano anterior.

A empresa projetou para 2023 uma previsão de novas encomendas em torno de 17 bilhões de euros, receitas na faixa de 15-15,6 bilhões de euros, EBITA entre 1,26-1,31 bilhões de euros e uma dívida líquida do grupo de aproximadamente 2,6 bilhões de euros.

Cingolani confirmou que a Leonardo apresentará um novo plano industrial em março de 2024, com foco significativo em segurança cibernética e espaço como os principais pilares da inovação. Ele também mencionou planos "moderados" para venda de ativos e corte de 400 empregos na sede da empresa por meio de aposentadorias antecipadas, como parte dos esforços para criar uma organização mais eficiente.

Assim como outros conglomerados de defesa, a Leonardo tem se beneficiado do aumento nos gastos militares em decorrência da situação na Ucrânia, além de participar do programa de caças de próxima geração da GCAP envolvendo Itália, Grã-Bretanha e Japão.

O governo italiano e a Leonardo buscam um papel de parceiro igualitário no referido programa, estando em discussões próximas com a Mitsubishi Heavy Industries do Japão e a BAE Systems do Reino Unido. Desde janeiro, as ações da Leonardo listadas na bolsa de Milão registraram um aumento de quase 77%, fechando a 14,205 euros na quinta-feira, com um aumento de 0,18%.


Fonte Reuters

Tradução e Adaptação Angelo Nicolaci

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