O Dólar encerrou em queda nesta terça-feira (17/05), abaixo dos R$ 3,50, com o mercado recebendo bem a indicação de Ilan Goldfajn para presidir o Banco Central e com os ganhos nos preços do petróleo favorecendo moedas de países emergentes.
Mais uma vez, o BC não atuou no mercado cambial, a terceira sessão seguida. Foi um dia de sobe e desce da moeda norte-americana no mercado local, com receios sobre a proximidade de elevação nos juros norte-americanos mantendo os investidores cautelosos.
O dólar recuou 0,36%, a R$ 3,4915 na venda, após cair 0,62% na mínima do dia, a R$ 3,4825, e subir 0,72%, a R$ 3,5295, na máxima. O dólar futuro recuava cerca de 0,4% no fim da tarde.
Ilan Goldfajn, que estava como economista-chefe do banco Itaú, será o novo presidente do Banco Central, anunciou nesta terça-feira (17) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele acrescentou que o governo enviará proposta ao Congresso Nacional para que a autoridade monetária tenha autonomia técnica decisória.
Segundo Meirelles, isso garantirá que seja formalizado uma condição que hoje é coberta por "acordo verbal". Segundo ele, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) não prevê independência formal ao BC. Goldfajn terá de passar por sabatina e aprovação pelo Senado para assumir o BC e, enquanto isso, Alexandre Tombini continua no cargo.
Na PEC também constará a proposta de foro especial para o presidente e para os diretores do BC, já que o chefe do BC perderá o status de ministro.
Meirelles também divulgou outros nomes da sua equipe, com Marcelo Caetano na secretaria da Previdência, Mansueto Almeida na secretaria da Acompanhamento Econômico e Carlos Hamilton Araújo na secretaria de Política Econômica.
Segundo Meirelles, permanecem nos cargos aqueles que não tiveram substitutos anunciados, incluindo Otávio Ladeira como secretário do Tesouro e Jorge Rachid na secretaria da Receita Federal.
O ministro da Fazenda afirmou ainda que os nomes dos presidentes dos bancos públicos serão anunciados nos próximos dias.
Questionado se uma alternativa à recriação da CPMF para ajudar nas contas públicas seria mexer na Cide, Meirelles afirmou que não foi tomada nenhuma decisão sobre os tributos. "Tudo isso será objeto de análise", disse ele em entrevista coletiva.
Fonte: Época Negócios
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