O Egito está trabalhando para construir instituições democráticas e para manter sua coesão e estabilidade internas em um momento delicado, no qual o Oriente Médio parece à beira do caos. Neste caminho, abusos podem ter sido cometidos, mas o governo está disposto a corrigi-los, sem perder de vista que a Irmandade Muçulmana, movimento político-religioso que esteve no poder entre 2012 e 2013, é uma ameaça interna pois deseja “controlar o país”.
Esse é o diagnóstico de Hossam Zaki, embaixador do Egito no Brasil, a respeito do cenário político de seu país. Na terça-feira 24, Zaki recebeu Carta Capital na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, e fez uma firme defesa da “guerra ao terror” travada pelo governo do presidente Abdel Fattah al-Sissi. Na Península do Sinai (nordeste do Egito) e na fronteira com a Líbia, forças egípcias combatem extremistas aliados do Estado Islâmico, grupo que tomou partes dos territórios da Síria e do Iraque.
Zaki indica que o combate às facções armadas é uma continuação da batalha política interna no Egito, escancarada em julho de 2013 com a deposição do então presidente Mohamed Morsi (um irmão muçulmano), ato liderado pelo próprio Sissi. Classificada como organização terrorista em dezembro, a Irmandade e sua ideologia, o islã político, são vistos como perigosos pois buscariam diluir a identidade nacional egípcia por meio da coerção e da violência. A volta do grupo à disputa por poder é, portanto, inaceitável para o governo. “É seguro dizer que, se a fidelidade de alguém estiver com os irmãos muçulmanos, essa pessoa não vai participar de qualquer atividade política no Egito atualmente”, diz Zaki.
Carta Capital: O FMI projeta um crescimento de 3,8% a 5% para a economia do Egito, o Reino Unido acabou de enviar sua maior delegação comercial para o Cairo em uma década e a implementação de um novo sistema para a distribuição de pão subsidiado parece ser um sucesso. O senhor está otimista a respeito da economia do Egito no futuro recente?
Hossam Zaki: Sim, estou, muito. Estamos organizando uma conferência de nível mundial no meio de março, para a qual empresas brasileiras foram convidadas. O Egito é um grande mercado, com 90 milhões de pessoas, potencial para crescimento, infraestrutura, recursos energéticos, força de trabalho, o mercado local, e os mercados regionais, porque estamos conectados à Europa, ao mundo árabe e à África por meio de acordos de livre-comércio. Temos multinacionais trabalhando no Egito, inclusive brasileiras, como a Camargo Corrêa e a Marco Polo, e multinacionais egípcias trabalhando no exterior. Temos muito potencial e nosso governo está focado no tema da performance econômica porque é o único e mais curto caminho para os egípcios reconquistarem a estabilidade.
CC: Em março o Egito realiza um simpósio econômico para atrair investimentos estrangeiros. O senhor acha que o Egito está pronto para deixar a instabilidade dos últimos quatro anos para trás e se tornar um foco de investimentos internacionais?
HZ: Sim. Nossas Forças Armadas e a polícia têm feito seu máximo para manter a estabilidade no país. O Egito é um país grande, com alvos sensíveis. É uma sociedade aberta, não estamos vivendo em um estado policial. Há uma diferença entre um Estado policial e um Estado sob o controle da lei. Nossas agências estão reconquistando a iniciativa para lidar com as ameaças, em especial o terrorismo. Na nossa região esse é um desafio difícil, como tem sido mostrado recentemente pelos eventos na Líbia. Na nossa região é difícil se manter afastado de ameaças como essas, mas fazemos nosso melhor e confiamos que a infraestrutura, o know how e as capacidades que temos são boas qualidades para atrair investimento.
CC: Em 23 de fevereiro um tribunal do Cairo condenou o ativista Alaa Abd el-Fattah a cinco anos de prisão. A condenação é baseada em uma lei anti-protesto que provocou amplas críticas internacionais. O senhor teme que casos como esses prejudiquem a imagem do Egito no exterior?
HZ: Eu espero que não e acho que não deveriam. Se, aqui no Brasil, um juiz emite uma sentença, todos vão respeitar, é assim que funciona. Em um país como o Egito também é assim que funciona, há um processo legal. O fato de que algumas pessoas não gostarem de decisões específicas não significa que a decisão é falha e deve ser revista. No entanto, [essa sentença] é de primeira instância e a pessoa que você mencionou pode apelar. É um processo independente, no qual o governo não interfere. A impressão que algumas pessoas, abertamente anti-governo, tentam promover, de que o governo e o Judiciário estão ‘cozinhando’ as coisas juntos é errônea. O governo não pode influenciar o processo judicial.
CC: A Constituição de 2014 do Egito trata as manifestações de 2011 como o início de uma revolução que lutou por liberdade, dignidade humana e justiça social, mas outros ativistas proeminentes da Primavera Árabe de 2011, como Ahmed Douma, Ahmed Maher, Mohamed Adel, Sanaa Seif e Yara Sallam estão na cadeia. Isso não é uma inconsistência?
HZ: Eu não acho porque, até onde eu sei, as pessoas que você mencionou não foram acusadas e sentenciadas por participar de uma revolução. Se esse fosse o caso, você estaria correto. Mas por que eles foram condenados? Por razões diferentes. O caso A é diferente do caso B, que é diferente do caso C. Se em um momento no qual a sociedade está fervendo e você é o líder de um certo grupo, e tenta alcançar certos objetivos, e a lei não se aplica porque está paralisada, isso não dá a você o direito de estar acima da lei sempre. Quando a sociedade começa a se acalmar e a fervura de dissipa, você estará sujeito à lei novamente, porque ela será aplicada. Se você quer continuar a desafiar a lei, isso é um problema, porque o seu histórico e o papel que você teve em certo evento não são justificativa para estar acima da lei. Agora, a sociedade está muito mais calma do que estava em 2011 e 2012 e a lei está sendo aplicada novamente.
CC: A remoção de Morsi foi tratada como uma proteção da revolução de 2011, uma continuação dela, na realidade. Agora vemos membros importantes do partido de Hosni Mubarak na disputa por cargos no Parlamento. Isso não é uma contradição?
HZ: Francamente, não vejo uma contradição. Não acho que membros importantes, como você chamou, do Partido Nacional Democrático liderado pelo ex-presidente vão disputar as eleições. Houve um caso altamente divulgado de um membro específico, mas seu pedido foi considerado falho, e acho que ele não poderá concorrer. Não vejo outras pessoas conhecidas. Ainda assim, nosso Parlamento tem cerca de 540 assentos, há espaços para todos serem representados. A não ser que haja uma lei que proíba uma pessoa, por usar violência ou ser condenado por corrupção, então ela tem o direito de disputar as eleições. O eleitorado é que deve decidir se vota nele ou não. É assim que o processo democrático funciona. Não afirmo que o processo democrático está completamente funcional no Egito, mas estamos reconstruindo essas instituições e nos colocando no caminho certo.
CC: Partidos islamistas e esquerdistas, como Wasat, Egito Forte e Corrente Popular vão boicotar as eleições parlamentares de março, alegando que falta democracia. O senhor acha que isso pode afetar a legitimidade do pleito?
HZ: Não acho que deve ser visto desta maneira. Qualquer entidade que toma uma posição política tem seu direito, mas devemos pensar no peso dessa entidade – você pode ter uma que faz muito barulho na mídia, mas com pouco apoio popular. Se queremos construir um sistema democrático, as pessoas devem ser encorajadas a participar. Se você boicotar, é uma posição negativa e não é o que desejamos. Algumas pessoas diriam, talvez com correção, que determinadas entidades estariam com medo de passar no teste do apoio popular, e o mais fácil é boicotar. Entendo isso como um movimento político, mas tal movimento não deve ser visto como um sinal proeminente de que não há democracia ou transparência.
CC: A imprensa local e estrangeira tem documentado, desde julho de 2013, muitos casos de violação de direitos humanos. Vão desde a dispersão de ocupações feitas por apoiadores de Morsi em agosto, até a prisão de jornalistas da Al-Jazeera, passando por evacuações forçadas na Península do Sinai e torturas em prisões secretas. Em julho, Sissi prometeu um país pacífico. O que está impedindo isso?
HZ: Muitos desafios. Como o presidente Sissi disse em um recente discurso, o governo reconhece que alguns casos não foram tratados de forma exemplar. Ele prometeu que, se houver casos nos quais haja indicações claras de abuso de autoridade, haverá ações claras e rápidas. Mas deixe-me falar do contexto mais amplo.
O Egito está no coração do Oriente Médio, que neste momento está em chamas. Há problemas no Mashreq (região onde ficam Síria, Líbano, Iraque, Palestina e Jordânia); a situação na Líbia, que é uma grande ameaça a nossa segurança nacional, pois temos mil quilômetros de fronteiras [com a Líbia] e organizações terroristas tomando posições; temos a situação na Península do Sinai, em um pequeno território perto de Gaza, que nos dá muita dor de cabeça. Temos ainda fronteiras porosas, desérticas, por onde é fácil contrabandear armas e munição para nosso país, apesar de todos os sistemas de vigilância, e temos uma organização, dentro do Egito, que foi designada por lei como terrorista, que são os irmãos muçulmanos.
Se você olhar para tudo isso, vai perceber que um país como o Egito, com seu peso e população, buscando a estabilidade e a paz em uma região problemática, [não fará isso] sem um custo. E, como disse o presidente, às vezes o custo vem em problemas de direitos humanos. O governo lamenta isso, mas há uma diferença entre um governo que é teimoso e não reconhece um problema, e um governo, como no nosso caso, que reconhece e tenta consertá-lo. Ninguém diz que esses problemas vão desaparecer da noite para o dia, mas o governo está trabalhando diligentemente para lidar com eles. Não será fácil. As ameaças à nossa unidade e estabilidade são reais.
CC: O Egito está lutando contra o Estado Islâmico na Península do Sinai e na Líbia. É a mesma guerra dos Estados Unidos na Síria e no Iraque, mas ainda assim a Casa Branca se negou a referendar o bombardeio na Líbia. A que o senhor atribui isso?
HZ: Eu não quero especular sobre a posição americana, mas posso dizer que os Estados Unidos têm uma visão declarada a respeito dessa situação na Líbia e como ela deve avançar e que nós não subscrevemos a essa visão. Às vezes é normal que amigos, como o Egito e os EUA, tenham diferenças. Achamos que a presença de organizações terroristas na Líbia vai empurrar o país para uma situação de não retorno à estabilidade e unidade. É uma ameaça real e pode transformar a Líbia em algo que não desejamos ver.
CC: Um relatório da Human Rights Watch apontou que o ataque do Egito na Líbia deixou sete civis mortos, sendo três crianças. O senhor teme que isso possa trazer alguma repercussão negativa para o Egito?
HZ: Não, de forma alguma. O fato de um terrorista estar se escondendo em áreas civis, ou com sua mulher e filho em um campo de treinamento, é muito infeliz, mas não significa que, se tivermos de tomar uma ação contra esse campo de treinamento porque ele representa uma ameaça à nossa segurança nacional não vamos fazê-lo. A responsabilidade é de quem leva crianças e mulheres para esses lugares. É lamentável que uma criança tenha de morrer em uma situação como essa, se esses relatos forem mesmo precisos. Não tenho como confirmar isso e temos problemas com essa organização, a Human Rights Watch, pois eles estiveram grosseiramente incorretos sobre a situação no Egito.
CC: Desde a remoção de Morsi, o Egito tem uma firme aliança com Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes, hostis à Irmandade Muçulmana. Ao mesmo tempo, o Egito está em desacordo com a Turquia e o Catar, vistos como apoiadores do islã político. Podemos dizer que a política externa egípcia é baseada na posição de um Estado em relação ao islã político?
HZ: Em primeiro lugar, o termo islã político tem sido usado de forma errada, e abusiva. Originalmente, o termo islã político significava o quê? Que todos os que acreditavam em participar da política com base na religião deveriam ter autorização para fazer isso. No Egito, tivemos um problema com isso. Não agora, não ontem, mas há décadas, antes mesmo de a República ser fundada, em 1952-1953. A tendência no Estado egípcio é separar política e religião. Somos diferentes do Ocidente, de outras sociedades que não têm o islã como religião majoritária. Quando você mistura religião e política, surge uma mistura explosiva e perigosa que, nós achamos, pode ameaçar tanto a unidade da sociedade quanto a integridade do Estado. O Egito é um Estado-nação, que foi estabelecido sobre um conceito: pertencer ao país.
Quando você tem ideias do islã político que desejam transformar essa identidade em outra, na qual o Egito se torna um de muitos, uma parte de uma grande máquina chamada “mundo muçulmano”, a maioria esmagadora dos egípcios a rejeita. Eu sou muçulmano, e digo que me sinto feliz em ser egípcio e muçulmano ao mesmo tempo. Me recuso a diluir minha identidade em uma mais ampla, da ummah muçulmana. Tenho orgulho da minha identidade histórica egípcia.
Com o cristão egípcio ocorre o mesmo. A que lugar ele pertence se o Egito se torna apenas parte de uma máquina ampla chamada ummah muçulmana ou califado muçulmano? Ele seria rebaixado para categoria de cidadão de segunda classe? Não concordamos com isso de forma alguma. Como você sabe, todo o Estado egípcio se moveu imediatamente após a morte de 21 egípcios cristãos [na Líbia]. Isso significa que eles ocupam o mesmo nível dos egípcios muçulmanos. São assuntos da maior fragilidade e importância. Precisamos que as pessoas entendam isso
O segundo ponto é que o islã político não é inteiramente livre e não está inteiramente livre de violência. Infelizmente, foi provado diversas vezes que [o islã político] tem laços com a violência e o terrorismo. Ele recorre à violência sempre que sente ser necessário. Quando está encurralado, sob pressão, quando não pode ganhar apoio popular, recorre à violência. Precisamos lidar com isso de forma rígida, e ser vigilantes, pois caso contrário a sociedade será caótica.
CC: Algumas ações de segurança do Egito são retratadas em um clima de “guerra ao terror”. Muitos especialistas, a maioria ocidentais, reconhecem que movimentos como a Irmandade Muçulmana e o Estado Islâmico são parte do mesmo problema, mas alertam que é um erro tratá-los como se fossem a mesma coisa. A ideia é que se você tratar um “moderado” como terrorista, você está empurrando-o para se tornar um terrorista de fato. Qual é a posição de seu governo sobre isso?
HZ: Nossa posição é muito clara. Os irmãos muçulmanos no Egito foram classificados como uma organização terrorista, pois têm laços com a violência política e o terrorismo. Agora, os especialistas que alegam conhecer nosso país mais do que nós mesmos, lamento, eles não conhecem. Apenas acham isso. Leem e ouvem sobre nosso país, nossa sociedade, mas a partir de um ponto de vista específico, e isso é errado. A verdade é que o Estado egípcio está em desacordo com um grupo particular, os irmãos muçulmanos, por mais de seis décadas. Houve [períodos de] banimento total, liberação e permissão para trabalhar, mistura de banimento e permissão, acesso ao Parlamento, à mídia, aos negócios, mas nada disso foi suficiente. Eles querem controlar o país, como querem controlar outras sociedades na região e estabelecer um supra-Estado sob o slogan do islã político. Isso não vai acontecer. Quando nosso povo foi para a rua em 30 de junho [de 2013, no movimento que culminou com a derrubada de Morsi], eles rejeitaram essa ideia, de o Egito ser dissolvido, diluído em um contexto mais amplo de Estados muçulmanos.
A todos que querem abrir a porta para nos fazer voltar a essa situação, fechamos a porta e dizemos: ‘obrigado, vimos para onde isso leva, rejeitamos isso e não queremos que ocorra novamente’.
CC: Podemos dizer que, para o governo egípcio, o islã politico é igual ao jihadismo, que é igual ao terrorismo?
HZ: É mais sutil que isso. Você vai encontrar muitas opiniões sobre isso entre estudiosos, jornalistas e políticos a respeito desse conceito. Há uma diferença entre um muçulmano e um islamista, por falta de uma palavra melhor, em inglês e em árabe. Eu sou um muçulmano, não um islamista. O que isso significa? Significa que eu sou uma pessoa que segue a religião do islã, acredita na religião do islã e acato as decisões muçulmanas. Agora isso me transforma em um islamista? Absolutamente não. Um islamista é alguém que leva suas crenças religiosas a um nível completamente diferente. Eles querem impor – e este é um imenso ponto de discórdia. Isso não vai funcionar. Talvez com algumas pessoas, mas não com sociedades inteiras... é contraproducente. Um islamista se torna um jihadista, ou um terrorista, quando impor não é suficiente para ele. Vão a um nível diferente, que não é impor por meios políticos ou coercitivos, mas pela violência, tentando intimidar, matar e cometer todos esses crimes contra a humanidade nos quais estão implicados.
Com tudo isso, ainda assim são uma fração da fração dos muçulmanos. A nação muçulmana, de 1,5 bilhão de pessoas, são pacíficos, que querem exatamente o que você quer para você mesmo, sua família e a sociedade. Eles querem coisas normais, progredir, oportunidades econômicas, boa saúde, boa educação, como em qualquer país.
CC: Após a remoção de Morsi, o president Sissi afirmou que a política do Egito estaria aberta para qualquer partido ou pessoa interessada em participar sem violência. Agora que a Irmandade Muçulmana foi considerada uma organização terrorista, essa porta está fechada para ela?
HZ: Como organização, certamente a porta está fechada. Se uma pessoa aqui ou ali não estiver implicada em casos de violência e não tornar pública sua fidelidade a essa organização e queira participar em qualquer atividade política, a lei vai julgar. Se sua participação for questionada, as cortes decidirão e temos tribunais muito competentes no Egito. Mas é seguro dizer que se a fidelidade de alguém estiver com os irmãos muçulmanos, essa pessoa não vai participar de qualquer atividade política no Egito atualmente.
CC: Algumas pessoas dizem que o governo Sissi está tentando realizar algo que Nasser, Sadat e Mubarak não conseguiram: acabar com a Irmandade Muçulmana. Negócios e ONGs ligados ao movimento estão sendo fechados. O senhor acha que essa estratégia terá sucesso?
HZ: Eu não sei se esse é o objetivo último do nosso governo. Nosso governo está avaliando como confrontar a rede de terror que foi descoberta dentro do país. Se uma organização política, da noite para o dia, deixou de ser apenas política e passou a ser paramilitar, dedicada a aterrorizar a sociedade e coagir os políticos pelo uso de violência, as agências de segurança devem por um fim a isso, seja por meios financeiros ou outros meios. O objetivo, como disse repetidas vezes, é a estabilidade de uma sociedade em uma região em chamas. Não será fácil conseguir isso, mas é necessário chegar lá. [O Egito] é um país grande e o governo não vai deixá-lo derivar para o caos. Tivemos momentos de instabilidade e isso resultou em uma situação econômica difícil. Agora queremos reconstruir nossa economia e reconquistar a estabilidade é o caminho certo para isso. Haverá erros, e eles devem ser corrigidos. Não há teimosia em admitir os erros. Reconhecemos isso e a resolução da situação dos jornalistas da Al-Jazeera é prova disso. Mas [esses erros] não vão nos deter no objetivo de reconquistar a estabilidade e o impulso para o crescimento econômico, pois ele é crucial para o país.
Fonte: Carta Capital
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