
É de um ridículo atroz essa história de minimizar a ação do Itamarati no caso Honduras. Há temas mais relevantes para criticar o Itamarati, só que exigem conhecimento e capacidade de argumentação.
No caso Honduras, a diplomacia americana patinou, dividida entre a linha Hillary Clinton e os remanescentes da era Bush. Coube ao Brasil, na primeira hora, defender a democracia e condenar o golpe, enquanto meia dúzia de alucinados daqui transformavam a discussão sobre golpe e não golpe em partida de Fla x Flu.
Depois que o Brasil saiu na frente, gradativamente organismos internacionais, o próprio Departamento de Estado norte-americano passaram a tratar o golpe como golpe, obrigando Micheletti a recuar e sair derrotado.
O fato de Zelaya não reassumir com plenos poderes faz parte de uma negociação em que se tinha a força do lado de Micheletti e os protestos internacionais do lado de Zelaya. Concluir que houve derrota da posição brasileira devido ao fat de Zelaya não reassumir com plenos poderes, ou insistir que o papel decisivo foi da diplomacia norte-americana faz parte desse imenso besteirol em que se transformou a discussão política no país, do alinhamento monótono de argumentos de lado a lado, desse Fla x Flu pobre e interminável em que se transformou essa partida, em que os personagens são Foro de São Paulo, FARCs, saci pererês e outros personagens do folclore.
Autor Luis Nassif

.jpg)


Angelo,
ResponderExcluiragora ficou melhor.
Ponto para a diplomacia brasileira, ponto para o Itamaraty e ponto para o Brasil.
É assim que um país que quer ter uma influência maior no mundo e quer ter uma cadeira permanente no CS da ONU tem que agir. E o Brasil agiu certo, não ficou em cima do muro, tomou posição (pela democracia e pelo Estado de Direito) e ainda por cima ajudou a resolver a crise (que ainda não acabou, mas parece que está encaminhada) de Honduras.
É isso aí!
abração