O cenário geopolítico na região fronteiriça entre o Paquistão e o Irã intensificou-se na terça-feira (16), quando o governo paquistanês acusou o Irã de violar seu espaço aéreo, alegando que o incidente resultou na trágica morte de duas crianças. As alegações foram feitas horas após a mídia estatal iraniana noticiar que mísseis atingiram duas bases do grupo militante Jaish al Adl.
O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão divulgou um comunicado na madrugada de quarta-feira (17), alertando que o incidente tinha o potencial de ter "consequências graves" e era "completamente inaceitável". O comunicado não especificou o local do incidente, nem a natureza da violação do espaço aéreo, mas enfatizou que um protesto foi apresentado a Teerã. O chefe da missão iraniana em Islamabad foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O governo iraniano, através do Ministério das Relações Exteriores, ainda não emitiu uma resposta oficial. Esta acusação acontece em um momento de crescente tensão regional, com a Guarda Revolucionária do Irã atacando alvos no Iraque e na Síria na segunda-feira (15), utilizando mísseis.
O grupo militante Jaish al Adl, conhecido por realizar ataques contra as forças de segurança iranianas na zona fronteiriça com o Paquistão, teve suas bases atacadas, de acordo com a mídia estatal iraniana. O Irã afirmou que as bases atacadas estavam localizadas na província paquistanesa do Baluchistão.
Enquanto o comunicado paquistanês não detalha a natureza exata da violação do espaço aéreo, salientou que o incidente ocorreu apesar da existência de vários canais de comunicação com o Irã. O governo paquistanês enfatizou que a responsabilidade pelas consequências do incidente recairá diretamente sobre o Irã.
Até o momento, a ala de relações públicas dos militares paquistaneses não emitiu um comentário oficial em resposta ao ocorrido. A situação permanece tensa, com a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos dessa escalada de tensões entre dois países vizinhos, que agora enfrentam desafios complexos em suas relações bilaterais.
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