Israel Inicia Nova Etapa na Guerra em Gaza: Operações Focadas no Norte e Perseguição a Líderes do Hamas no Sul

O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou na quinta-feira uma mudança na estratégia militar do país em relação à guerra em Gaza. A nova abordagem inclui operações mais direcionadas no norte, com ênfase em ataques, demolição de túneis, ataques aéreos e terrestres, além de operações de forças especiais. No sul, a prioridade será exterminar os líderes do Hamas e resgatar os cerca de 130 reféns israelitas restantes.

Diante da pressão internacional por operações de combate menos intensas e considerando desafios econômicos, Israel tem reduzido suas forças em Gaza para permitir o retorno de reservistas aos seus empregos. Gallant afirmou que, após a guerra, o controle do Hamas sobre Gaza cessaria, passando para a administração de órgãos palestinos, desde que não representassem ameaça a Israel.

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, está programado para viajar ao Oriente Médio visando diplomacia e prevenção da expansão do conflito. Enquanto isso, o bombardeio israelense na manhã de quinta-feira na Faixa de Gaza resultou na morte de mais de 20 palestinos, incluindo nove crianças.

A guerra, que se aproxima dos três meses, levanta preocupações internacionais sobre a possibilidade de o conflito se espalhar para além de Gaza, envolvendo a Cisjordânia ocupada, as forças do Hezbollah na fronteira Líbano-Israel e as rotas marítimas do Mar Vermelho.

A tensão aumentou após o ataque de drone que matou o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, no Líbano. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu uma resposta, mas sem ameaças concretas.

O conflito já causou grande devastação em Gaza, com mais de 22.000 palestinos mortos, representando quase 1% da população local. Israel afirma ter eliminado 8.000 combatentes do Hamas. Além disso, explosões no Irã, durante uma cerimônia em memória de Qasem Soleimani, resultaram em quase 100 mortes, reivindicadas pelo Estado Islâmico.

Os bombardeios israelenses criaram uma crise humanitária em Gaza, com grande parte da população desabrigada e enfrentando escassez de alimentos. As operações militares continuam, enquanto a comunidade internacional busca soluções diplomáticas para conter a escalada do conflito.

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com agências de notícias