Menor país do golfo Pérsico, o Bahrein tem apenas um milhão de habitantes, mas conta com uma importância estratégica enorme. O reino cercado pela Arábia Saudita e pelo Qatar tem uma posição privilegiada que chama a atenção de potências ocidentais, de olho na zona que concentra as maiores reservas mundiais de petróleo.
Os Estados Unidos são fortes aliados e usaram suas bases para atacar o Iraque nas duas guerras no país (iniciadas em 1991 e em 2003). Os americanos também mantem no Bahrein a sede de sua V Frota da Marinha. Apesar das alianças e da riqueza vinda do petróleo, do gás e, mais recentemente, do turismo de luxo, o país enfrenta tensões.
A maioria xiita, que representa 80% da população, é governada há mais de 200 anos pela dinastia sunita da família Al Khalifa. À frente, está o rei Khalifa Hamad bin Isa al-Khalifa, coroado em 2002. O enfrentamento entre as duas etnias está na origem dos atuais protestos no país, que já deixou seis mortos e centenas de feridos.
Outras revoltas também já foram provocadas por questões religiosas e entre 1994 e 1999 deixaram mais de 40 mortos. Os xiitas acusam o governo de dominá-los e discriminá-los, impedindo seu acesso às riquezas do país. As reformas e a nova Constituição adotadas em 1999 não foram consideradas suficientes.
Oficialmente, o Bahrein é uma monarquia constitucional, mas na prática a democracia não existe. O primeiro-ministro, xeque Khalifa bin Salman al Khalifa, e o resto do governo comandam o país seguindo as vontades da família real.
Operação policial em praça no Bahrein deixa quatro mortos e 50 feridos
Policiais entraram nesta quinta-feira em uma praça ocupada por manifestantes contra o governo, em Manama, capital do Bahrein, expulsando-os dali e destruindo um acampamento onde se reuniam para exigir mudanças políticas no reino
O principal grupo opositor, Al Wefaq, disse que ao menos quatro pessoas morreram e 50 ficaram feridas na operação policial antes do amanhecer na Praça Peal. Não houve informação oficial sobre o número de mortos ou feridos, mas hospitais informaram que dezenas de pessoas ficaram feridas e com problemas respiratórios causados por gás lacrimogêneo.
Horas depois da polícia tomar a praça, a pequena nação estava em virtual toque de recolher. Tanques e veículos blindados percorreram diversas áreas, no primeiro indício de envolvimento militar na crise. A polícia estabeleceu pontos de controle nas principais estradas e patrulhas armadas percorriam bairros em uma tentativa de evitar manifestações.
Fonte: O Globo
Os Estados Unidos são fortes aliados e usaram suas bases para atacar o Iraque nas duas guerras no país (iniciadas em 1991 e em 2003). Os americanos também mantem no Bahrein a sede de sua V Frota da Marinha. Apesar das alianças e da riqueza vinda do petróleo, do gás e, mais recentemente, do turismo de luxo, o país enfrenta tensões.
A maioria xiita, que representa 80% da população, é governada há mais de 200 anos pela dinastia sunita da família Al Khalifa. À frente, está o rei Khalifa Hamad bin Isa al-Khalifa, coroado em 2002. O enfrentamento entre as duas etnias está na origem dos atuais protestos no país, que já deixou seis mortos e centenas de feridos.
Outras revoltas também já foram provocadas por questões religiosas e entre 1994 e 1999 deixaram mais de 40 mortos. Os xiitas acusam o governo de dominá-los e discriminá-los, impedindo seu acesso às riquezas do país. As reformas e a nova Constituição adotadas em 1999 não foram consideradas suficientes.
Oficialmente, o Bahrein é uma monarquia constitucional, mas na prática a democracia não existe. O primeiro-ministro, xeque Khalifa bin Salman al Khalifa, e o resto do governo comandam o país seguindo as vontades da família real.
Operação policial em praça no Bahrein deixa quatro mortos e 50 feridos
Policiais entraram nesta quinta-feira em uma praça ocupada por manifestantes contra o governo, em Manama, capital do Bahrein, expulsando-os dali e destruindo um acampamento onde se reuniam para exigir mudanças políticas no reino
O principal grupo opositor, Al Wefaq, disse que ao menos quatro pessoas morreram e 50 ficaram feridas na operação policial antes do amanhecer na Praça Peal. Não houve informação oficial sobre o número de mortos ou feridos, mas hospitais informaram que dezenas de pessoas ficaram feridas e com problemas respiratórios causados por gás lacrimogêneo.
Horas depois da polícia tomar a praça, a pequena nação estava em virtual toque de recolher. Tanques e veículos blindados percorreram diversas áreas, no primeiro indício de envolvimento militar na crise. A polícia estabeleceu pontos de controle nas principais estradas e patrulhas armadas percorriam bairros em uma tentativa de evitar manifestações.
Fonte: O Globo
0 comentários:
Postar um comentário