Uribe e partido opositor comemoram esclarecimento de Chávez sobre "guerra"

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e o senador Jaime Dussán, líder do principal partido opositor do país, o Polo Democrático Alternativo (PDA), comemoraram hoje o esclarecimento do chefe de Estado da Venezuela, Hugo Chávez, sobre sua pedido de "se preparar para a guerra".

Os senadores Manuel Guillermo Mora e Armando Benedetti, do governista Partido Social da União Nacional, revelaram hoje a jornalistas que Uribe lhes declarou sua "tranquilidade" pela clareza expressada por Chávez.

O governante venezuelano disse ontem à noite que se baseou no ditado "se quer a paz, prepare-se para a guerra" ao pedir no domingo para que seus compatriotas se preparassem para defender a Venezuela no caso de uma guerra contra os Estados Unidos e a Colômbia.

Os dois senadores acrescentaram que os esclarecimentos de Chávez, segundo Uribe, são tranquilizadores.

Segundo Mora, Uribe considera essas afirmações "como um clima de mais tranquilidade, de que podem continuar conversando".

"O presidente considera que, mais do que uma retificação, é o que se sente nas regiões de fronteira, que queremos a paz", acrescentou o parlamentar.

Dussán também expressou sua satisfação com o esclarecimento do presidente venezuelano e disse que isso prepara o ambiente para uma reunião diplomática.

"Essa manifestação do senhor presidente Chávez é uma boa mensagem para que os delegados diplomáticos de ambos os países se reúnam o mais rápido possível", afirmou o senador.

Em comunicado divulgado no domingo, Uribe afirmou que "não fez nem fará um único gesto de guerra à comunidade internacional, muito menos a países irmãos" e anunciou que acusaria Chávez nas Nações Unidas e na Organização dos Estados Americanos (OEA).

As relações entre Colômbia e Venezuela, que compartilham uma fronteira comum de 2.219 quilômetros, atravessam um dos piores momentos de sua história com graves tensões e incidentes na região limítrofe.

Além das acusações venezuelanas de espionagem feita pela Colômbia, a tensão cresceu a partir do final de outubro após a assinatura de um convênio militar que prevê o uso de sete bases colombianas por tropas dos Estados Unidos.


Fonte: EFE