Na última quinzena, a tensão na Europa Oriental atingiu um novo patamar com as ameaças oficiais da Rússia de atacar os aeroportos dos estados da OTAN, incluindo a Romênia. As ameaças surgiram em resposta à possível utilização de caças F-16 Fighting Falcon pelos ucranianos em missões contra o ocupante russo a partir de aeródromos de países aliados.
O chefe da delegação russa no fórum da OSCE, Konstantin Gavrilov, declarou em meados do mês passado que a Rússia consideraria o uso de bases aéreas em estados vizinhos da Ucrânia para operações militares com caças F-16 como uma participação no conflito armado em curso.
Em resposta, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, intensificou as ameaças, especificando que os F-16 doados à Ucrânia poderiam operar a partir da Romênia, Polônia ou Eslováquia, e alertando que tais estados seriam alvos legítimos de mísseis russos.
Diante dessas ameaças diretas, a Romênia, um membro comprometido da OTAN, respondeu com firmeza. O Ministro da Defesa Nacional, Angel Tîlvăr, em entrevista, destacou que a Roménia está no "lado bom da história" e reafirmou seu compromisso com a OTAN e os valores da Aliança.
Tîlvăr evitou uma resposta agressiva, optando por uma abordagem eloquente, afirmando que a Romênia busca a paz e permanecerá consistente na promoção e partilha dos valores democráticos que a aproximam dos aliados. Ele enfatizou que a democracia prevalecerá e que a Romênia não abrirá mão de seus princípios diante das ameaças russas.
O Ministro da Defesa também abordou a questão do treinamento de pilotos ucranianos no centro de treinamento F-16 romeno em Fetești. O centro, construído com rapidez com a colaboração dos aliados da Romênia e da Lockheed Martin, já está operacional. Tîlvăr explicou que, embora os pilotos ucranianos tenham prioridade para treinar, há procedimentos e requisitos linguísticos especializados a serem cumpridos antes do início do treinamento.
A Romênia, ao enfrentar as ameaças russas com uma mensagem de paz, democracia e firmeza em seus compromissos, destaca a complexidade e a gravidade da situação na região. A comunidade internacional agora observa atentamente a evolução dos acontecimentos e aguarda possíveis desdobramentos diplomáticos para conter as crescentes tensões na Europa Oriental.
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com agências de notícias
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