O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) comemora hoje, dia 12 de janeiro, 42 anos de dedicação à pesquisa científica na região antártica, consolidando-se como o projeto científico mais duradouro do Brasil desde sua criação, em 1982. A iniciativa tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do conhecimento sobre os fenômenos naturais no continente gelado, influenciando, por conseguinte, o meio ambiente global.
O PROANTAR tem apoiado pesquisas em diversas áreas, abrangendo questões ambientais, climáticas, médicas e tecnológicas. Ao longo de mais de quatro décadas, tornou-se um instrumento crucial para a compreensão da interação entre os sistemas climáticos, o impacto das mudanças ambientais e a preservação da biodiversidade única da Antártica.
O Subsecretário para o PROANTAR, Capitão de Mar e Guerra Francisco Leonardo Maciel Machado, destaca que os resultados das pesquisas geram inovações para a sociedade em diversas áreas. "Os estudos sobre os organismos e ecossistemas terrestres e marinhos da Antártica, bem como aqueles voltados para a identificação do potencial biotecnológico de organismos antárticos, certamente podem trazer benefícios para a medicina, agricultura e indústria", ressaltou.
Em busca de fortalecer sua presença na Antártica e contribuir para a cooperação internacional, o Brasil participa ativamente em programas de pesquisa internacionais e acordos bilaterais ou multilaterais. A entrada do país no Sistema do Tratado da Antártica permitiu à comunidade científica nacional participar de atividades na região.
O Capitão de Mar e Guerra Leonardo Machado salienta que, de acordo com o Tratado da Antártica, a condição essencial para que um Estado seja considerado Membro Consultivo é a realização de pesquisas científicas robustas na Antártica. "O PROANTAR garante ao Brasil a manutenção de sua condição de Membro Consultivo", afirmou.
Anualmente, o PROANTAR realiza o planejamento, coordenação e execução da Operação Antártica (OPERANTAR), agora em sua 42ª edição. A operação, desenvolvida em campo e a bordo da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), utiliza recursos como o Navio de Apoio Oceanográfico "Ary Rangel" e o Navio Polar "Almirante Maximiano", além das estações estrangeiras parceiras do Brasil. A OPERANTAR oferece suporte logístico a projetos de pesquisa, lançamento e recolhimento de acampamentos científicos, contribuindo também para o levantamento hidrográfico do "Plano de Trabalho de Hidrografia 2020-2023", liderado pela Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil.
Este ano é marcado por comemorações, com a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), responsável por implementar o PROANTAR, celebrando seu 50º aniversário em setembro. Criada em 12 de setembro de 1974, a CIRM coordena as ações relativas à Política Nacional para os Recursos do Mar. A Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), que completa 45 anos em dezembro, desempenha um papel crucial na promoção da pesquisa científica, na elaboração de políticas públicas e na integração de esforços para a preservação dos ecossistemas marinhos.
Em 6 de fevereiro, a EACF completará 40 anos de existência na Antártica. Em 2020, a estação ganhou novas instalações, contando agora com 17 laboratórios. Localizada na Baía do Almirantado, na Ilha Rei George, a estrutura é considerada uma das mais seguras e modernas da região, operando com tecnologia sustentável, por meio do reaproveitamento de água e utilização de energias renováveis. A Marinha do Brasil reafirma seu compromisso em proteger as riquezas e cuidar da população, contribuindo significativamente para o avanço do conhecimento científico na Antártica.
GBN Defense - A informação começa aqui
com informações da Marinha do Brasil
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