sábado, 6 de janeiro de 2024

Novembro mais Quente desde a Era Pré-Industrial Sinaliza Ações Climáticas no Transporte Marítimo

O mês de novembro recentemente concluído marcou um registro preocupante de calor, atingindo o patamar mais elevado desde a era pré-industrial, conforme alertado pelo observatório europeu Copernicus, especializado no monitoramento climático global. Este dado alarmante revelou um aumento significativo na temperatura média do planeta, superando em mais de 2°C os níveis históricos entre 1850 e 1900, apontando para a urgência de medidas para conter o aquecimento global.

Este agravamento do cenário climático, em especial os impactos sobre a economia do mar, é associado ao excessivo lançamento de gases do efeito estufa (GEE), uma preocupação que ecoou na recente Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O transporte marítimo, responsável por 3% das emissões globais, equivalente a um bilhão de toneladas anuais, tem sido alvo de atenção. A Organização Marítima Internacional (IMO) apresentou estratégias mais robustas durante a COP28, visando combater efetivamente as mudanças climáticas. Os países membros, incluindo o Brasil, assumiram compromissos para zerar a emissão líquida de GEE nos próximos 30 anos, com metas intermediárias de pelo menos 5% de tecnologias de baixa emissão até 2030.

Pietro Mendes, Secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, destacou o papel protagonista do Brasil nesse debate, enfatizando a matriz energética limpa do país, especialmente com fontes renováveis que compõem mais de 87% da geração de energia elétrica. O país busca inovações no transporte marítimo, considerando o uso de biocombustíveis misturados ao diesel e a exploração de propulsores que utilizem novos combustíveis menos emissivos.

Além disso, o Brasil defende a equidade nas medidas adotadas, considerando os impactos financeiros sobre países em desenvolvimento e ilhas. A delegação brasileira atuou ativamente na formulação das diretrizes da IMO, visando garantir que tecnologias menos emissivas, como biocombustíveis, hidrogênio e amônia, sejam integradas.

A fiscalização das metas estabelecidas implicará na apresentação de certificados de cumprimento às autoridades marítimas dos países onde os navios atracarem. A não conformidade acarretará em taxas, cujo destino ainda está em discussão, podendo ser revertidas para o desenvolvimento de tecnologias menos poluentes.

Os impactos dessas mudanças não apenas afetam a indústria marítima, mas têm implicações significativas na economia do mar, podendo causar perdas significativas no PIB global até 2050, especialmente em regiões mais vulneráveis. É necessária uma abordagem holística, incluindo investimentos, cooperação e políticas que preparem a indústria para um novo paradigma.

A preocupação com o impacto ambiental e econômico direto sobre diferentes setores da economia do mar demanda ação urgente e coordenada, um esforço conjunto para a transição rumo a um transporte marítimo mais sustentável e resiliente às mudanças climáticas.


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com Marinha do Brasil

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