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O governo iraquiano está formando um comitê para preparar o encerramento da missão da coalizão internacional liderada pelos EUA no país, disse o gabinete do primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani nesta sexta-feira (5).
A declaração de Sudani ocorreu um dia depois de um ataque dos EUA ter matado um líder de milícia em Bagdad, provocando ira entre grupos alinhados com o Irã, que exigiram que o governo acabasse com a presença da coalizão no Iraque.
"O governo está definindo a data para o início do comitê bilateral para estabelecer acordos para acabar permanentemente com a presença das forças da coalizão internacional no Iraque", disse um comunicado do gabinete do primeiro-ministro.
O comitê incluiria representantes da coalizão militar, disse um funcionário do governo.
Os militares dos EUA lançaram o ataque de quinta-feira (4) em retaliação aos recentes ataques contra pessoal dos EUA, disse o Pentágono.
Os Estados Unidos têm 900 soldados na Síria e 2.500 no Iraque numa missão que dizem ter como objetivo aconselhar e ajudar as forças locais que tentam impedir o ressurgimento do Estado Islâmico, que em 2014 tomou grandes partes de ambos os países antes de ser derrotado.
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Grupos de milícias alinhados com o Irã no Iraque e na Síria opõem-se à campanha de Israel na Faixa de Gaza e responsabilizam parcialmente os EUA.
Sudani tem controle limitado sobre algumas facções apoiadas pelo Irã, cujo apoio precisava para ganhar o poder há um ano e que agora formam um bloco poderoso na sua coligação governamental.
"Ressaltamos a nossa posição firme em acabar com a existência da coalizão internacional depois de terminadas as justificativas para a sua existência", afirmou Sudani, citado no comunicado.
O Estado Islâmico assumiu na quinta-feira (4) a responsabilidade por duas explosões no Irã que mataram quase 100 pessoas e feriram dezenas em um memorial ao comandante Qassem Soleimani.
Fonte Reuters
Tradução e Adaptação Angelo Nicolaci
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