Nesta segunda-feira (15), as Forças Houthi no Iêmen lançaram um ataque contra o navio graneleiro "Gibraltar Eagle", de propriedade e operado por norte americanos, utilizando um míssil balístico antinavio, conforme divulgado pelo Comando Central dos EUA. Embora não tenha havido relatos de feridos ou danos significativos, o incidente aumentou as tensões na região.
A empresa operadora do navio, Eagle Bulk Shipping, com sede nos EUA, confirmou que a embarcação foi atingida por um "projétil não identificado" enquanto navegava a 160 quilômetros do Golfo de Aden. Os danos foram limitados ao porão de carga, e nenhum membro da tripulação ficou ferido. O comunicado da Eagle Bulk destacou que o navio, que transportava uma carga de produtos siderúrgicos, está estável e deixando a área.
Os Houthis, apoiados pelo Irã e que controlam grande parte da costa do Mar Vermelho no Iêmen, têm atacado navios mercantes na região, alegando que estão ligados a Israel ou têm destino a portos israelenses. Eles justificam essas ações como apoio ao Hamas em Gaza.
Em resposta aos recentes ataques Houthi, forças dos EUA e do Reino Unido realizaram dezenas de ataques aéreos e marítimos contra alvos Houthi no Iêmen na semana passada. A empresa britânica de segurança marítima Ambrey relatou um ataque a um graneleiro de bandeira das Ilhas Marshall e de propriedade dos EUA próximo ao porto de Aden, avaliando que o alvo era os interesses dos EUA, não sendo afiliado a Israel.
O recente ataque ao "Gibraltar Eagle" destaca a aparente determinação contínua dos Houthis, apesar das ações de retaliação pelos EUA. Mais tarde nesta segunda-feira, uma explosão foi ouvida perto do aeroporto de Hodeidah no Iêmen, embora não tenha ficado imediatamente claro o que causou o incidente.
Os Houthis, que controlam áreas significativas no Iêmen, incluindo a capital Sanaa, reiteraram seu compromisso de realizar mais ataques no Mar Vermelho. O líder do grupo, Abdel-Malek al-Houthi, afirmou em um discurso televisionado na quinta-feira (11) que qualquer ataque dos EUA ao Iêmen não passaria sem resposta.
No domingo (14), militares dos EUA anunciaram que um caça norte-americano interceptou e derrubou um míssil de cruzeiro antinavio disparado pelos Houthis contra o USS Laboon no sul do Mar Vermelho. O incidente demonstra a escalada das hostilidades na região e a determinação das partes envolvidas.
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