quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aviões vão combater tráfico na fronteira


Aviões não tripulados do Brasil começarão a operar no espaço aéreo boliviano a partir de setembro. O objetivo é que as aeronaves ajudem no combate ao tráfico de cocaína na fronteira da Bolívia com o Brasil, Peru e Paraguai, conforme informou nesta terça-feira, 05 de julho, o vice-ministro da Defesa Social e Substâncias Controladas da Bolívia, Felipe Cáceres.

De acordo com reportagem publicada no site do Agencia Boliviana de Informações (ABI), o vice-ministro disse que a luta será fortalecida em pontos fronteiriços como Corumbá-Puerto Suárez; Cáceres-San Matías; Guajará-Mirim-Guayaramerín e Epitaciolândia-Cobija.

"No marco do plano de ação firmado entre Brasil e Bolívia definiu-se que aviões não tripulados do Brasil fariam o controle do espaço aéreo a partir de setembro", declarou o chefe Antidroga.

Ele se refere ao acordo de cooperação assinado entre o ministro da Justiça do Brasil, José Eduardo Cardozo, e o ministro de Governo da Bolívia, Sacha Llorenti, em março deste ano, quando os representantes do Executivo visitaram regiões de cultivo da coca na Bolívia e a região de fronteira, na cidade boliviana de Puerto Suárez. Na oportunidade, autoridades locais puderam expor aos ministros, de forma resumida, a situação fronteiriça, entre elas, o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira; o prefeito de Ladário, José Antonio Assad e o secretário de Segurança e Justiça de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini.

Os aviões não tripulados que vigiarão o espaço aéreo da Bolívia serão controlados por militares da Força Aérea Boliviana, conhecidos como "diabos vermelhos".


Balanço do combate

O vice-ministro destacou que, este ano, o país bateu recorde de apreensões de cocaína e de erradicação de cultivo ilegal de coca. A meta anual de destruição de plantações excedentes é de 5 mil hectares, porém até junho foram erradicados 5.158 hectares.

Cáceres detalhou por áreas a destruição feita pela Força Tarefa Conjunta. No estado de Cochabamba foram 3.926 hectares; em Beni, 1040; e em Santa Cruz, 192 hectares encontravam-se dentro das reservas florestais de Choré e Yapacaní.

"O que mais se destacou nas ações de combate foram as prisões de três narcotraficantes, considerados chefões do tráfico, sendo um brasileiro e dois colombianos", afirmou o vice-ministro.

Ele ainda destacou que nas operações foram detidas 1.836 pessoas: 1.650 bolivianos, 47 peruanos, 33 colombianos, 19 brasileiros, 19 espanhóis, 9 chilenos, 6 mexicanos e 53 de outras nacionalidades.

No balanço, o vice-ministro afirmou que a FELCN (Força Especial de Luta Contra o Tráfico) destruiu 4 laboratórios de reciclagem, 5 de cristalização de cocaína de alta pureza, 2.454 fábricas e 2.951 poços de maceração de coca.

Também foram apreendidas 11,8 toneladas de cocaína, 10,6 toneladas de pasta base de cocaína e uma tonelada de cloridrato, bem como 348,5 toneladas de maconha.
Cáceres destacou que "a política antidroga não baixará a guarda, pelo contrário se implantará medidas mais drásticas para derrotar o narcotráfico".


Fonte: Correio do Estado via Notimp
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