quarta-feira, 14 de julho de 2010

Até onde deve ir o Estado?


O governo quer interferir na vida de cada família, contrariando os direitos constituídos em uma proposta a ser votada no congresso que proíbe aos pais educar seus filhos com o uso das palmadas educativas, algo que é tido como importante no processo de educação pelos especialistas de psicologia infantil.

O projeto é muito controverso, uma vez que não exibe nenhum estudo específico que dê base para a criação de tal restrição. Hoje é notório o aumento do crime e desrespeito mútuo, a isso em muito é atribuída a postura liberal da educação, onde os pais tem deixado de orientar adequadamente seus filhos, em muitas das vezes não sabendo impor limites ou regras de conduta, que a tempos atrás era tão arraigada a educação, onde tínhamos uma sociedade mais humana e que respeitava valores e principalmente tinha disciplina.

As palmadas educativas são uma ferramenta muito importante na criação do caráter e capacidade de sociabilidade das crianças, aliado ao diálogo sempre aberto de duas vias e utilizado em ocasiões específicas mantendo o respeito e o limite.

Eu fui criado dentro desta forma e não me senti torturado ou mal tratado pelos meus pais, uma vez que o diálogo sempre foi mantido, e as palmadas só vinham quando eu cometia uma transgressão grande após várias conversas, isso serviu em muito para moldar minha capacidade de conviver com outras pessoas, a ter limites, ser responsável e acima de tudo respeitar ao próximo.

Na minha opinião o governo deveria olhar para as questões que lhe são responsabilidade e que tem gerado reais problemas sociais, seja a falta de investimento na educação escolar, seja na saúde ou mesmo em programas sociais que realmente venham a sanar nossos problemas e não maquiar a realidade com essa política assistencialista adotada por nossos governantes.

Questões de grande vulto tem deixado de ser estudadas ou mesmo finalizadas, como as questões referentes a saúde e a Defesa. Projetos importantes como a reforma de nossas repartições públicas que são ineficientes,caras, por demais inchadas e atrasadas. O investimento em tecnologia e na capacitação de mão de obra, não digo de capacitar trabalhadores de linha produtiva como operários, mas sim de capacitar engenheiros, médicos, cientistas e empreendedores, pois a base de uma nação forte e desenvolvida esta no investimento do capital intelectual principalmente.

Quanto as palmadas educativas eu sou a favor e não será o governo que irá se intrometer no modo como educo meus filhos, pois estes eu tenho certeza que seguirão meu exemplo e serão brasileiros de caráter e que lutarão por um país melhor.


Autor: Angelo D. Nicolaci
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