Entre os dias 22 e 25 de setembro, o Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV) marcou presença na 15ª edição da REPMUS (Robotic Experimentation and Prototyping with Maritime Unmanned Systems), evento anual realizado em Portugal voltado à experimentação e prototipagem de sistemas marítimos não tripulados.
O CASNAV foi representado pelo Capitão de Mar e Guerra Hugo Leonardo Fernandes da Costa, diretor do Centro, e pelo Capitão de Fragata Rodrigo da Silva Vieira, chefe do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento. O exercício reuniu cerca de 3.700 participantes de 37 países, incluindo mais de 200 especialistas em Pesquisa e Desenvolvimento de academias e indústrias, com presença de representantes da OTAN e da União Europeia.
Cooperação internacional e inovação tecnológica
A REPMUS é organizada por uma ampla rede de instituições, entre elas a Marinha Portuguesa, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Centro de Investigação e Experimentação Marítima da OTAN, a Iniciativa de Sistemas Não Tripulados Marítimos do Grupo de Capacidade Conjunta da OTAN, a Agência Europeia de Defesa, o Comando Central das Forças Navais da OTAN e o Allied Command Transformation.
Durante o evento, os representantes do CASNAV tiveram a oportunidade de observar exercícios com sistemas marítimos não tripulados, mapear capacidades tecnológicas de ponta, e interagir com pesquisadores, empresas e marinhas de outros países, ampliando o intercâmbio de conhecimento em tecnologias navais avançadas.
Fortalecimento de parcerias e perspectivas futuras
Além de acompanhar tendências globais em sistemas não tripulados, a missão permitiu ao CASNAV prospectar parcerias estratégicas com a Marinha Portuguesa, reforçando iniciativas já previstas no Memorando de Entendimento entre as Marinhas do Brasil e de Portugal.
Segundo os oficiais, a participação no REPMUS contribui para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa nacional, a modernização das capacidades operacionais da Marinha do Brasil, e o alinhamento com padrões internacionais de tecnologia naval e inovação.
Tecnologia como vetor de autonomia estratégica
A experiência adquirida em Portugal oferece ao Brasil insumos diretos para a implementação de sistemas marítimos não tripulados em águas brasileiras, com impacto potencial em diversas operações, desde patrulha costeira e monitoramento ambiental até missões de dissuasão e defesa territorial.
O acesso a essas tecnologias permite reduzir a dependência externa, aumentar a resiliência operacional da Marinha e consolidar a autonomia estratégica do País, alinhando capacidades nacionais às tendências globais em defesa marítima.
A integração com centros de excelência internacionais também abre caminhos para co-desenvolvimento e transferência tecnológica, criando um ciclo virtuoso de inovação que potencializa a Base Industrial de Defesa e fortalece a soberania marítima brasileira.
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com Marinha do Brasil
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