As tensões históricas entre Índia e Paquistão atingiram um novo ápice nesta terça-feira (6), após Nova Déli lançar uma ampla operação militar contra alvos no território paquistanês, onde segundo fontes de segurança paquistanesas, cinco aeronaves da Força Aérea Indiana, incluindo exemplares do Rafale de fabricação francesa e um drone foram abatidos durante a última troca de hostilidades entre os dois países.
O comunicado oficial divulgado afirma que três Rafales, um MiG-29 e um Sukhoi SU-30 foram derrubados "em legítima defesa", além de um drone Heron indiano. Um alto funcionário do governo paquistanês confirmou a mesma lista de aeronaves abatidas, mas até o momento não há informações detalhadas sobre os locais ou os métodos usados para neutralizar os alvos.
Anteriormente, autoridades militares do Paquistão haviam informado a derrubada de três aeronaves e um drone, número que foi revisado com a atualização mais recente.
Enquanto isso, a Índia afirmou que suas operações foram "focadas e precisas", alegando que nenhum alvo civil, econômico ou militar paquistanês foi atingido. Segundo comunicado da Embaixada da Índia, os bombardeios foram direcionados exclusivamente a campos terroristas, sem causar danos colaterais: "As operações foram medidas, responsáveis e projetadas para não causarem escalada."
No entanto, o porta-voz militar do Paquistão, Tenente-General Ahmed Sharif Chaudhry, informou que oito civis foram mortos e 35 ficaram feridos após ataques indianos em seis locais, tanto no Paquistão quanto na Caxemira administrada por Islamabad. Entre as vítimas, estão crianças e adolescentes, incluindo uma menina de apenas três anos. Segundo Chaudhry, mesquitas teriam sido atingidas durante os bombardeios – outra alegação ainda não verificada de forma independente.
O episódio reacendeu o alerta internacional. Os Emirados Árabes Unidos, por meio de uma declaração oficial assinada pelo vice-primeiro-ministro de Relações Exteriores, Sheikh Abdullah bin Zayed Al Nahyan, pediram moderação: "Incentivamos Índia e Paquistão a evitarem qualquer escalada que possa ameaçar a paz regional e internacional. Diplomacia e diálogo continuam sendo os meios mais eficazes para resolver crises pacificamente."
O episódio marca a ação militar mais profunda da Índia dentro das fronteiras indiscutíveis do Paquistão desde a guerra de 1971, reacendendo temores de uma escalada descontrolada entre os dois países armados com arsenais nucleares.
A ofensiva indiana teve como alvo suposta infraestrutura terrorista, em resposta ao massacre de turistas ocorrido em abril na Caxemira administrada pela Índia. O governo indiano anunciou que nove locais foram atingidos, enquanto Islamabad confirmou impactos em cinco pontos – três na Caxemira sob controle paquistanês e dois na província de Punjab, incluindo Ahmadpur Leste e Muridke.
Em solo indiano, uma explosão foi registrada na cidade de Srinagar, a maior da Caxemira administrada pela Índia, ampliando o clima de tensão e incerteza. O ministro da Defesa da Índia, Rajnath Singh, celebrou a operação com a frase: “Vitória para a Índia!”, enquanto o primeiro-ministro paquistanês, Muhammad Shehbaz Sharif, declarou que o país “tem todo o direito de responder”.
Altos funcionários do governo indiano informaram líderes de países como EUA, Reino Unido, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Rússia sobre as medidas adotadas por Nova Déli, numa tentativa de controlar os danos diplomáticos e justificar a ação.
Este novo confronto é mais um capítulo na longa e complexa relação entre Índia e Paquistão, cuja rivalidade remonta à independência de ambos em 1947. Desde então, os dois países travaram diversas guerras pelo controle da Caxemira, região montanhosa reivindicada por ambos. Entre os episódios mais marcantes estão os conflitos de 1947, 1965 e 1999, além da guerra de 1971 que resultou na independência de Bangladesh.
A disputa permanece sem solução definitiva, com a Linha de Controle (LoC) servindo como um limite de facto entre os territórios controlados por Índia e Paquistão. Apesar de acordos de cessar-fogo e tentativas esporádicas de reaproximação, as tensões persistem e frequentemente se manifestam em confrontos militares, como o registrado nesta semana.
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com agências de notícias
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