A Astrium, divisão espacial da 
gigante europeia EADS, está fortalecendo a sua presença no Brasil para 
tentar participar de forma mais efetiva do programa espacial brasileiro.
 O Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) indica a necessidade
 de um investimento de R$ 9,1 bilhões nos próximos dez anos no setor.
"O Brasil, embora ocupe um lugar 
importante no cenário econômico mundial, ainda não integra o grupo de 
países que dominam a tecnologia espacial", disse o vice-presidente de 
desenvolvimento de negócios da Astrium na América Latina, Jean Noel 
Hardy.
Segundo o executivo, mesmo assim a 
Astrium acredita no potencial espacial do Brasil e, por isso, acaba de 
criar a subsidiária Astrium Brasil. A companhia está presente no país 
desde 2006 com a Equatorial Sistemas, de São José dos Campos, e a 
Astrium Services, antiga Spot Image. Em 2012, a Astrium registrou uma 
receita de € 5,8 bilhões, 7% maior que em 2011.
Fornecedora do programa espacial 
brasileiro desde 1996, a Equatorial atuou no programa do satélite 
CBERS-3, feito em parceria com a China e para o qual desenvolveu uma 
câmera WFI (sigla em inglês para câmera de grande campo de visada) e um 
gravador digital de dados para o satélite brasileiro Amazônia-1, em fase
 de desenvolvimento. O CBERS-3 tem lançamento previsto para maio.
A Equatorial foi contratada pelo 
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para o fornecimento dos
 sistemas aos satélites CBERS-3 e Amazônia. Segundo o presidente da 
Equatorial, César Ghizoni, os dois contratos estão avaliados em cerca de
 R$ 60 milhões.
Em 2012, de acordo com o executivo, a 
Equatorial gerou receitas de R$ 9,5 milhões, ante os R$ 6,8 milhões do 
ano anterior. Entre os novos contratos previstos para este ano, Ghizoni 
cita o fornecimento de cabos do sistema elétrico do satélite Amazônia-1 e
 um contrato com a GMV, empresa europeia que fornece sistemas de 
navegação de satélites.
A GMV está desenvolvendo seu 
sistema em parceria com o Instituto Tecnológico de aeronáutica (ITA) e o
 Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), disse o 
presidente da Equatorial. (VS)
Fonte: Valor Econômico 


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