quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EUA pedem explicações à China sobre porta-aviões



O governo dos Estados Unidos considerou nesta quarta-feira que a estreia do primeiro porta-aviões da China é uma nova mostra da "falta de transparência" de Pequim no âmbito militar, e disse esperar que o país asiático explique por que suas Forças Armadas necessitam da embarcação.

"Daremos as boas-vindas a qualquer tipo de explicação que a China queira dar sobre a necessidade deste tipo de equipamento", disse em sua entrevista coletiva diária a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.

A China promoveu hoje uma demonstração de poderio militar com a viagem inaugural de seu porta-aviões, comprado da Ucrânia em 1998, que zarpou do porto de Dalian em uma expedição desejada pela Armada Nacional há 70 anos.

Segundo Washington, a preocupação sobre o episódio se deve porque "a China não é tão transparente como outros países, não é tão transparente como os Estados Unidos no que diz respeito a suas compras militares ou a seu orçamento militar".

A porta-voz não confirmou se Washington fez um pedido formal a Pequim para que explique suas intenções, e indicou que essa solicitação deveria proceder do Pentágono.

Nuland ressaltou que os Estados Unidos mantêm, em suas relações militares com a maioria de países, "o tipo de diálogo bilateral no qual podemos ser bastante específicos sobre os equipamentos que temos e seus objetivos, e os movimentos que vão fazer".

"Mas não estamos nesse nível de transparência com a China, ao nível que os presidentes dos dois países disseram que deveríamos ter e ao qual aspiramos", disse a porta-voz.

A estreia do porta-aviões, preparado durante anos, não havia sido anunciada oficialmente até o mês passado, quando as autoridades de Defesa chinesas se apressaram a esclarecer que a embarcação será utilizada principalmente para fins "científicos, de experimentação e treinamento".

No entanto, a China também assinalou que colocaria o porta-aviões à disposição para fazer a segurança do litoral nacional e "garantir a paz", sempre com caráter defensivo, não ofensivo.

Ter seu próprio porta-aviões era um antigo desejo militar do governo chinês, que já cogitava a possibilidade de obter esta embarcação nos anos 1940, antes mesmo da instauração do regime comunista.

Fonte: EFE

Nota do Blog: Achei particularmente interessante a ideia dos EUA de que todos tem de informar a eles suas intenções, algo que é absurdo quando tratamos de soberania de Estados. Ao meu ver é de extrema falta de respeito a soberania de um Estado se exigir que o mesmo dê justificativas sobre seus investimentos em defesa e seus planos estratégicos.

O que me parece mais irônico é o fato dos EUA cobrarem da China transparência alegando que eles tem transparência. Todos sabemos que isso é a mais tremenda mentira, uma vez que os EUA conduzem operações em países soberanos sem comunicá-los, invade constantemente espaço aéreo alheio sem dar explicações, conduz programas militares secretos e não justifica a necessidade de manter um poderio de projeção de poder global sem que haja uma real ameaça que justifique tamanha dissimetria no balança do poderio militar global.

Seria bom se os chineses cobrassem mais responsabilidade e justificativas do mercado e da economia americana que andam muito mal das pernas.

Angelo D. Nicolaci
Editor

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2 comentários:

  1. Exemplo disto são as bases Americanas na Colombia pra combater o tráfico de drogas com aviões F15 e F16 entre outros, invadindo o espaço aéreo dos países da América do Sul, mostrando seu poderio bélico. Onde todos nós sabemos de seu interesse pelo Nióbio e outras terras raras consideradas estratégicas para os EUA, mas como isso não fosse o suficiente, ainda criaram a quarta frota,criando um circulo em volta do Brasil. Lembrando que as Grandes Guerras não começaram de um dia pro outro, elas foram preparadas durante décadas para só então serem declaradas e nós Brasileiros estamos assistindo tudo isso de braços cruzados enquanto nossas forças armadas hoje totalmente obsoletas se comparada as forças Americanas.Mas nem tudo é tristeza, estaremos inaugurando Estádios de futebol novos e reformados, enquanto quebramos champanhe e cortamos fitas os Yankes ficam bandeiras em nossos territórios.

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