quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Energy Summit 2011 - resumo do primeiro dia




O primeiro dia do Energy Summit 2011 abordou principalmente as questões relativas as linhas de financiamento em infraestrutura e P&D, onde houve a participação de representantes do BNDES, FINEP, The World Bank, JBIC, Capital Invest e consultorias voltadas a este mercado.

Segundo Luiz Maurer, Senior Energy Specialist do The World Bank, o mercado continuará sua trajetória, mesmo com as incertezas em relação ao teto da dívida americana, porém, uma mudança que deve ocorrer no mercado diz respeito a facilidade e ao custo do crédito, se antes os americanos possuíam crédito á uma baixa taxa, hoje isso deve mudar devido ao risco econômico, o que deve aumentar o custo e gerar um certo peso a mais as linhas de crédito. Com relação ao Brasil, Maurer disse acreditar que não vê no horizonte a possibilidade real de uma crise global que culmine em uma recessão econômica mundial que venha a atingir os commodities brasileiros, sendo otimista em relação a estabilização da econômia internacional, citando ainda a crise européia como tendo alguns focos específicos como a Grécia e Portugal, porém salientou a saúde de outras grandes economias da União Européia que podem suportar essa crise, como a economia alemã e francesa.

Marcia Souza Leal do BNDES em sua apresentação nos trouxe um panorâma esclarecedor a respeito dos investimentos realizados pelo governo via BNDES para o desenvolvimento de nossa matriz energética, citou alguns dados relativos aos investimentos, onde confirmou o financiamento via BNDES de ANGRA III, um projeto que demanda um grande aporte financeiro e que trará um significativo aumento em nossa capacidade de geração de energia através de nossa matriz nuclear.

O BNDES também tem concedido crédito para o desenvolvimento da matriz energética Eólica e principalmente as fontes energéticas de biomassa.

Após o almoço assistimos as apresentações voltadas ao investimento em energia sustentável, onde foi muito abordado o desenvolvimento da matriz energética de biocombustíveis, focando em especial o ETANOL, os investimentos conjuntos entre o BNDES e FINEP para o desenvolvimento de tecnologias e fomento á P&D, onde o Brasil esta despendendo esforços para se manter na vanguarda tecnológica e de mercado do Etanol, onde somos pioneiros no uso deste biocombustível que surgiu ainda nos anos 70 após a primeira crise mundial do petróleo.

O BNDES e o FINEP lançaram em conjunto três linhas para o desenvolvimento de pesquisas amaparados pelo aporte financeiro destes, que visam alcançar o dominio de novas tecnologias e abastecer o mercado com novos produtos derivados da cana, entre os quais um grande desafio que é a gaseificação deste elemento.

Posteriormente iremos publicar uma série mais aprofundada sobre os temas apresentados durante o evento, trazendo até você leitor acesso a um panorama mais abrangente de tudo que foi abordado neste evento, sendo de extrema importancia para traçarmos uma visão real e objetiva sobre o mercado energético brasileiro, sendo este um fator importante no estudo do desenvolvimento economico e industrial do Brasil, além de ser um dos pilares para o entendimento de nossa geopolítica.

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
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