
Cerca de 3.000 pessoas participaram de uma manifestação nesta sexta-feira em Amã e em outras cidades jordanianas para pedir a renúncia do governo do primeiro-ministro, Marouf al-Bakhit, e a derrogação do tratado de paz com Israel.
Simpatizantes da Frente de Ação Islâmica (FAI), principal partido opositor da Jordânia, saíram às ruas após a reza muçulmana da sexta-feira na Grande Mesquita de Hussein, no centro da capital.
Os manifestantes levavam cartazes e cantaram palavras de ordem contra Bakhit, ao que acusam de ter fracassado na hora de realizar reformas políticas e não ser rígido com a corrupção, e pediram a dissolução da câmara baixa do Parlamento.
Além disso, gritaram frases contra o tratado de paz entre Jordânia e Israel, assinado em 1994, por causa do aniversário da guerra de 1967, na qual o Exército israelense arrebatou à Jordânia Jerusalém Oriental e Cisjordânia.
"Não há uma embaixada israelense em território jordaniano", "A reforma é nosso caminho para a libertação de Jerusalém" e "O povo quer libertar a Palestina" foram alguns dos slogans.
Em Tafileh (180 quilômetros ao sul de Amã), mais de mil pessoas se manifestaram para pedir a renúncia do gabinete de Bakhit e solicitaram um castigo para aqueles que facilitaram a saída do país do empresário condenado por corrupção Khalid Shahin, disseram à Efe por telefone testemunhas.
O caso deste empresário levantou polêmica no país, depois que a autoridades permitissem sua saída da Jordânia no final de fevereiro para receber tratamento médico em Londres.
Shahin cumpria uma pena de três anos por corrupção em um caso ligado à aquisição de um contrato de US$ 1,2 bilhões para a expansão de uma refinaria de petróleo.
Por outro lado, dezenas de jornalistas e opositores se manifestaram na frente do escritório do primeiro-ministro em Amã para pedir a libertação de seu colega Alaa Fazza.
Fazza foi detido na quarta-feira passada acusado de publicar um artigo considerado "prejudicial" para a monarquia na site que ele administra
Fonte: Folha
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