Neste domingo (6) as forças de segurança pública do Rio de Janeiro com apoio mais uma vez dos blindados da Marinha do Brasil ocuparam nove comunidades do centro da cidade do Rio de Janeiro. Mais uma vez o GeoPolítica Brasil acompanhou de perto as operações da PMERJ.
A operação começou cedo, antes mesmo de chegarmos ao teatro de operações, por volta das 4hrs da manhã deste domingo, policiais civis cercaram 48 pontos no entorno do complexo, sucedendo duas horas após o cerco a entrada de policiais militares, não houve qualquer sinal de resistência, resultando em uma ocupação rápida dos pontos estratégicos destas comunidades. Quando chegamos ao 1º Batalhão onde foi montado o comando da operação as comunidades estavam praticamente todas ocupadas, uma ação rápida e sem efeitos colaterais, salvo um Passat 82 e uma Kombi, vitimas de um CLAnf que ao realizar manobras dentro da comunidade de São Carlos acabou por “Atropelar” tais veículos, devendo os donos destes ser indenizados pelo Estado.
Agora dentre as áreas retomadas do tráfico somamos os morros de São Carlos, Zinco, Querosene, Mineira, Coroa, Fallet, Fogueteiro, Escondidinho e Prazeres. Onde em breve serão implantadas novas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Sendo estimada a implantação de três unidades com um contingente total entre 630 e 700 homens.
Os números desta operação são expressivos, ao todo cerca de 846 homens integram a força de segurança, dentre esses estão 380 policiais militares, 189 homens da Polícia Civil, 103 agentes da Polícia Federal , 24 policiais rodoviários e com o reforço de 150 fuzileiros navais com seus 21 blindados dentre viaturas M113,CLAnf e Mowag Piranha III. O balanço da operação ainda não havia saído até nossa saída do comando de operações, mas o número de detenções foi muito abaixo com apenas três prisões, dois traficantes e um alemão que atuava como médico do tráfico, além da apreensão de dois menores, deixando claro que com a estratégia da Secretaria de Segurança de avisar antes sobre a operação levou à evasão dos traficantes destas comunidades antes do início da mesma.
Em minha opinião essa polêmica atitude de alertar sobre a operação causa um novo problema a sociedade carioca, pois os criminosos que evadem tais comunidades partem em direção a outras comunidades, agravando assim a questão de segurança em outras áreas da cidade e do Estado. Realmente é muito bom ver uma operação sem efeitos colaterais e inocentes feridos, mas a principal missão deve ser a de capturar estes traficantes e levá-los a justiça, assim contribuindo diretamente para a desarticulação destas facções, pois a tomada de seus territórios é um passo importante sim, mas não o ápice do combate ao narcotráfico e seu poder paralelo.
Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
Fonte: GeoPolítica Brasil
A operação começou cedo, antes mesmo de chegarmos ao teatro de operações, por volta das 4hrs da manhã deste domingo, policiais civis cercaram 48 pontos no entorno do complexo, sucedendo duas horas após o cerco a entrada de policiais militares, não houve qualquer sinal de resistência, resultando em uma ocupação rápida dos pontos estratégicos destas comunidades. Quando chegamos ao 1º Batalhão onde foi montado o comando da operação as comunidades estavam praticamente todas ocupadas, uma ação rápida e sem efeitos colaterais, salvo um Passat 82 e uma Kombi, vitimas de um CLAnf que ao realizar manobras dentro da comunidade de São Carlos acabou por “Atropelar” tais veículos, devendo os donos destes ser indenizados pelo Estado.
Agora dentre as áreas retomadas do tráfico somamos os morros de São Carlos, Zinco, Querosene, Mineira, Coroa, Fallet, Fogueteiro, Escondidinho e Prazeres. Onde em breve serão implantadas novas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Sendo estimada a implantação de três unidades com um contingente total entre 630 e 700 homens.
Os números desta operação são expressivos, ao todo cerca de 846 homens integram a força de segurança, dentre esses estão 380 policiais militares, 189 homens da Polícia Civil, 103 agentes da Polícia Federal , 24 policiais rodoviários e com o reforço de 150 fuzileiros navais com seus 21 blindados dentre viaturas M113,CLAnf e Mowag Piranha III. O balanço da operação ainda não havia saído até nossa saída do comando de operações, mas o número de detenções foi muito abaixo com apenas três prisões, dois traficantes e um alemão que atuava como médico do tráfico, além da apreensão de dois menores, deixando claro que com a estratégia da Secretaria de Segurança de avisar antes sobre a operação levou à evasão dos traficantes destas comunidades antes do início da mesma.
Em minha opinião essa polêmica atitude de alertar sobre a operação causa um novo problema a sociedade carioca, pois os criminosos que evadem tais comunidades partem em direção a outras comunidades, agravando assim a questão de segurança em outras áreas da cidade e do Estado. Realmente é muito bom ver uma operação sem efeitos colaterais e inocentes feridos, mas a principal missão deve ser a de capturar estes traficantes e levá-los a justiça, assim contribuindo diretamente para a desarticulação destas facções, pois a tomada de seus territórios é um passo importante sim, mas não o ápice do combate ao narcotráfico e seu poder paralelo.
Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
Fonte: GeoPolítica Brasil
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