Após a renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak, o governo americano caminha na corda bamba no Oriente Médio, onde se vê obrigado a apoiar os apelos por democracia sem deixar de lado os aliados importantes na região.
"A Tunísia foi uma onda expansiva e o Cairo um tsunami, e todos os autocratas do mundo árabe e do Irã devem estar inquietos pelo futuro", afirmou à AFP Bruce Riedel, ex-alto funcionário da CIA que assessorou três presidentes americanos sobre o Oriente Médio e a Ásia Central.
"O problema para os Estados Unidos é que temos pouca influência no assunto", completou o analista, que atualmente trabalha para a Brookings Institution, um centro de estudos de Washington.
"O gênio saiu da lâmpada e teremos que jogar de maneira inteligente para estar em sintonía com a história", completou.
"Barack Obama está obrigado a caminhar sobre uma corda bamba, em subida, e será cada vez mais difícil".
Na eventualidade dos governos da Jordânia ou Arábia Saudita se verem ameaçados por revoltas populares, Washington deverá fazer com que estes regimes não se inquietem mais do que já estão.
"Estes regimes, e suas Forças Armadas, estão muito nervosos atualmente", insistiu.
Para ele, a revolta egípcia constitui a "primeira crise política estrangeira importante" para o governo de Obama.
Nathan Brown, da organização Carnegie Endowment for International Peace, recorda que no Egito o poder está nas mãos de generais que apoiaram Mubarak durante muito tempo.
"Isto implica uma vitória enorme para a oposição, mas não é seguro que tenham obtido algo, exceto a queda de Mubarak", disse.
Brown opina que Washington deve enviar uma mensagem aos militares egípcios para pedir uma explicação sobre como pretendem integrar os representantes dos distintos setores egípcios na transição.
"Isto deve vir da Casa Branca, em termos claros e sem ambiguidades".
Hillary Mann Leverett, que integrou o Conselho de Segurança Nacional durante o governo de George W. Bush, disse que Washington deve apoiar um amplo leque de opositores no Egito e não uma personalidade única, e abster-se de ajudar a Irmandade Muçulmana.
Também afirma que o governo Obama deve tomar distância do general Omar Suleiman, nomeado vice-presidente por Mubarak e que também renunciou, e evitar críticas a Mohamed ElBaradei, principal figura da oposição.
David Kenner, da revista Foreign Policy, reconhece que existe o temor no governo americano de um eventual Egiro menos receptivo às prioridades de Washington.
"Mas em certa medida é uma oportunidade que deve ser aproveitada, já que sob o regime de Mubarak o Egipto teve uma queda vertiginosa de sua influência na região", conclui.
Fonte: AFP
"A Tunísia foi uma onda expansiva e o Cairo um tsunami, e todos os autocratas do mundo árabe e do Irã devem estar inquietos pelo futuro", afirmou à AFP Bruce Riedel, ex-alto funcionário da CIA que assessorou três presidentes americanos sobre o Oriente Médio e a Ásia Central.
"O problema para os Estados Unidos é que temos pouca influência no assunto", completou o analista, que atualmente trabalha para a Brookings Institution, um centro de estudos de Washington.
"O gênio saiu da lâmpada e teremos que jogar de maneira inteligente para estar em sintonía com a história", completou.
"Barack Obama está obrigado a caminhar sobre uma corda bamba, em subida, e será cada vez mais difícil".
Na eventualidade dos governos da Jordânia ou Arábia Saudita se verem ameaçados por revoltas populares, Washington deverá fazer com que estes regimes não se inquietem mais do que já estão.
"Estes regimes, e suas Forças Armadas, estão muito nervosos atualmente", insistiu.
Para ele, a revolta egípcia constitui a "primeira crise política estrangeira importante" para o governo de Obama.
Nathan Brown, da organização Carnegie Endowment for International Peace, recorda que no Egito o poder está nas mãos de generais que apoiaram Mubarak durante muito tempo.
"Isto implica uma vitória enorme para a oposição, mas não é seguro que tenham obtido algo, exceto a queda de Mubarak", disse.
Brown opina que Washington deve enviar uma mensagem aos militares egípcios para pedir uma explicação sobre como pretendem integrar os representantes dos distintos setores egípcios na transição.
"Isto deve vir da Casa Branca, em termos claros e sem ambiguidades".
Hillary Mann Leverett, que integrou o Conselho de Segurança Nacional durante o governo de George W. Bush, disse que Washington deve apoiar um amplo leque de opositores no Egito e não uma personalidade única, e abster-se de ajudar a Irmandade Muçulmana.
Também afirma que o governo Obama deve tomar distância do general Omar Suleiman, nomeado vice-presidente por Mubarak e que também renunciou, e evitar críticas a Mohamed ElBaradei, principal figura da oposição.
David Kenner, da revista Foreign Policy, reconhece que existe o temor no governo americano de um eventual Egiro menos receptivo às prioridades de Washington.
"Mas em certa medida é uma oportunidade que deve ser aproveitada, já que sob o regime de Mubarak o Egipto teve uma queda vertiginosa de sua influência na região", conclui.
Fonte: AFP
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