Os 18 do Forte

Na madrugada do dia 5 de julho de 1922 a população carioca acordou com um estampido provocado por tiro de canhão que indicava o início da revolta. Militares do Forte de Copacabana, do qual a bala acabara de ser disparada, receberam o silêncio como resposta: o governo controlara os demais pontos de possível rebelião. Os oficiais que tinham acabado de tomar o forte da praia mais famosa do Brasil, no entanto, decidiram prosseguir.

Durante o dia, o incisivo ataque das tropas do governo fez com que muitos militares se entregassem, restando apenas 28 pessoas dentro das muralhas seguras do forte. No início da tarde do dia seguinte, sabendo do fracasso da revolta, os militares que ainda restavam lá decidiram resistir até a morte. Caminhando armados, com destino ao Palácio do Catete, os guerreiros marcharam contra as forças governamentais com armas em punho, sob intenso tiroteio.

Dos 28, apenas 18 (número ainda duvidoso) seguiram caminhando para a morte. Os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes foram os únicos que conseguiram sobreviver ao episódio chamado de Os 18 do Forte. O movimento, apesar de fracassado, deu início ao Movimento Tenentista, que, ao longo da década, tomaria força além de ter aberto caminho para a Revolução de 1930, a qual mudaria de vez a forma de governo dominante na chamada República do Café com Leite.


Fonte: JB On Line