sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Israel faz manobras militares enquanto discute ataque ao Irã


Israel simulou ataques com armas químicas

O Comando de Defesa Civil do Exército israelense realizou nesta quinta-feira manobras que simulam um ataque com mísseis a centros urbanos e que coincide com o debate sobre um eventual ataque ao Irã.

Nesta manhã as sirenes antiaéreas tocaram em várias cidades da zona metropolitana de Tel Aviv, a maior cidade do país, no início de uma simulação que estava prevista há meses, mas que adquiriu uma relevância especial no novo contexto, com informações diárias sobre um possível bombardeio ao Irã por parte de Israel e Estados Unidos.

Nas manobras foram abertos centros de evacuação na cidade de Holon, próxima a Tel Aviv, e outro na vizinha Bat Yam, onde foram distribuídas máscaras de gás.

A simulação foi realizada logo após Israel testar com sucesso o lançamento de um míssil balístico de seis mil quilômetros de alcance, capaz de abrigar ogivas nucleares. O Exército israelense também fez recentemente uma simulação de voos de longa distância em uma base na Itália.

ATAQUE DIVIDE POVO ISRAELENSE

Neste contexto, o jornal "Haaretz" publicou nesta quinta-feira uma pesquisa que revela a divisão da opinião pública israelense, 41% da população é a favor do ataque, 39% contra e 20% estão indecisos.

A pesquisa demonstrou também uma notável confiança (52%) na capacidade do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Ehud Barak, de lidar com o "tema iraniano".

No entanto, 37% desconfiam e 11% não têm opinião sobre a habilidade de ambos (partidários da operação) para resolver a situação.

Netanyahu e Barak tentam reunir uma maioria a favor de um bombardeio relâmpago no seio do conselho de ministros, onde os oponentes têm "ligeira vantagem", segundo o "Haaretz".

Recentemente o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, que até agora se opunha com receio pelas repercussões, resolveu apoiar o ataque.

O assunto iraniano foi notícia desde que na sexta-feira um destacado colunista do jornal "Yedioth Ahronoth", Nahum Barnea, alertou sobre a pressão no seio do Governo para lançar um ataque.

Na segunda-feira, a sessão inaugural de inverno do Parlamento esteve dominada por esta questão, que Netanyahu vê como uma ameaça para a existência de Israel pelas declarações intimidadoras feitas pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

Ministros e diplomatas disseram ao "Haaretz" que o próximo relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, ligada às Nações Unidas), que será publicado no dia 8 de novembro, terá um efeito decisivo nas decisões de Israel.

Fonte: EFE
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