quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ministros debatem despesas com defesa em conferência no Rio de Janeiro


O ministro chileno de Defesa, Jaime Ravinet, reivindicou hoje a necessidade de "transparência" nas informações da despesa com defesa na América do Sul para gerar "confiança" e estimular a cooperação entre os países.

"Temos a grande tarefa de gerar transparência e precisão técnica com um sistema de informação a respeito da despesa. Esta é uma tarefa fundamental na produção de confiança mútua e para estimular a cooperação regional", disse Ravinet em discurso na 7ª Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Junto a Argentina, o Chile lidera um grupo de trabalho no Conselho de Defesa Sul-Americano que pretende desenvolver uma metodologia de medição das despesas da defesa na região.

Ambos os países vão elaborar uma proposta que será debatida na IX Conferência de ministros da Defesa das Américas, que será realizada entre os dias 22 e 25 deste mês na Bolívia.

Na conferência de hoje, Ravinet também defendeu a criação de um operacional militar, coordenado pelos países da região, que tenha capacidade de enfrentar "situações de emergência complexas associadas a uma catástrofe natural".

No mesmo sentido, o ministro Nelson Jobim apoiou em seu discurso que "os esforços" para fortalecer o Conselho de Defesa sejam redobrados já que, em sua opinião, podem servir para dissuadir ameaças externas.

Jobim ressaltou as "enormes possibilidades de cooperação" entre os países sul-americanos e rejeitou veementemente a existência de uma "corrida armamentista" na região.

"A América do Sul permanece como a região mais desarmada do mundo e a que menos tendência tem a uma escalada de conflitos", manifestou o ministro brasileiro.

Além disso, argumentou que o recente aumento da despesa em defesa na região se deve à necessidade de repor o armamento nos países após "décadas de baixíssimo investimento em defesa" e ao crescimento econômico dos últimos anos que permitiu um maior investimento.

"O aumento da despesa militar na América do Sul é muito mais uma consequência de circunstâncias econômicas favoráveis que o resultado de esforços nacionais para tapar deficiências no sistema de defesa devido a percepções agudas de ameaças", finalizou.

Fonte: EFE
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