quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Opep ameaça elevar produção de petróleo em dezembro


O secretário-geral da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Abdallah el Badri, disse nesta quinta-feira em Londres que a entidade tomará a decisão de aumentar a produção em dezembro se houver uma resposta positiva às condições citadas por ele.

"Se os preços continuarem altos, se virmos que a reservas voltaram ao nível normal, se virmos um verdadeiro crescimento da economia mundial, tenho certeza que nossos países membros decidirão aumentar a produção na próxima reunião do cartel prevista para 22 de dezembro em Angola", advertiu, acrescentando que "não hesitariam" em tomar esta decisão.

O preço do petróleo está na casa dos US$ 80, o ponto mais alto neste ano.

El Badri afirmou também que o cartel está preocupado com as zonas obscuras da economia mundial, como o desemprego elevado na Europa e nos EUA e a dimensão dos déficits públicos.

A Opep reexaminará suas cotas de produção no dia 22 de dezembro em Luanda, a capital de Angola. Desde 1 de janeiro, estão fixadas em 24,84 mbd (milhões de barris diários).

No final de 2008, a Opep se comprometeu a retirar do mercado 4,2 mbd para enfrentar a queda da demanda e o naufrágio dos preços, com o petróleo negociado, em média, a 32,40 dólares.

"Reagimos a tempo" e "estabilizamos os preços" que, sem uma ação, poderiam ter caído "para cerca de US$ 20", expressou El Badri.

Desde dezembro, os preços do petróleo não pararam de subir --uma situação que preocupa os países consumidores, considerando que a economia mundial poderia ser penalizada por preços muito elevados e não suportaria outro aumento como o de meados de 2008, quando alcançou os US$ 150.

"Ficaríamos mais tranquilos se o setor privado desempenhasse um papel mais importante na reativação", destacou.

Sobre a possibilidade de o dólar deixar der ser usado nas transações de petróleo, Badri respondeu: "A decisão de passar de uma moeda a outra não é fácil, devido ao comércio internacional, por causa das reservas [monetárias] que os países da Opep possuem."

"Se [os países da Opep] quiserem mudar, a única moeda que pode absorver [esta transição] é o euro. Mas o euro não domina suficientemente o comércio mundial para que isto possa acontecer", precisou.

Fonte: France Presse
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