
As tropas americanas poderão utilizar seis bases militares colombianas, além de "outras unidades que sejam necessárias para desenvolver operações conjuntas", segundo o texto final do acordo entre Washington e Bogotá, ao qual a revista "Cambio" teve acesso com exclusividade.
"A Colômbia facilitará aos Estados Unidos o acesso e utilização das bases de três comandos aéreos de combate, de duas bases da Marinha, do Centro de Instrução e Treinamento do Exército em Tolemaida e de outras unidades que sejam necessárias para desenvolver operações conjuntas", diz hoje a publicação.
O texto final do convênio também limita a 800 o número de soldados americanos que poderão acessar e usar as bases colombianas, mas diz que isso depende da necessidade das partes de aumentar ou diminuir o número de militares e de assessores.
Da mesma forma, "as condições e normas sobre o uso das bases" estarão subordinadas às decisões comuns entre soldados colombianos e americanos no terreno.
A revista "Cambio" diz que o Governo colombiano enviou o texto do pacto militar ao Conselho de Estado e aponta que existe uma proposta para que o acordo passe pelo Congresso "porque é necessária uma lei que aprove a presença de tropas estrangeiras no território nacional".
Segundo a proposta, apesar de o convênio "não prever o trânsito de tropas rumo a outro país, contempla a presença de pessoal militar estrangeiro, assim como de navios e aeronaves de guerra, algo que deve ser aprovado por uma lei do Congresso.
Se o texto tivesse que ser aprovado no Congresso, o início das operações americanas na Colômbia seria adiado, diz a revista.
Desde o início das negociações, os países da região manifestaram sua preocupação com as consequências que o acordo entre Colômbia e Estados Unidos poderia ter sobre a soberania e a segurança do continente, desconfiança que ficou especialmente clara nos Governos de Venezuela, Equador, Bolívia e Brasil.
Por isso, no final de agosto, durante uma reunião extraordinária da União de Nações Sul-americanas (Unasul) na cidade argentina de Bariloche, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, explicou os limites do pacto e escutou as inquietações de seus pares da região.
A revista sustenta que Uribe, "preocupado com as reservas expressadas por outros líderes", buscou argumentos jurídicos no Direito Internacional Público e nas relações internacionais para justificar a necessidade de Colômbia e EUA enfrentarem juntos o narcotráfico e o terrorismo.
Assim, o texto final do convênio diz: "as partes acordam aprofundar sua colaboração em áreas como a interoperabilidade, a logística e o equipamento, formação e capacitação e troca de inteligência, a fim de enfrentar as ameaças comuns à paz, à liberdade e à democracia".
Segundo o documento, as autoridades dos EUA serão as responsáveis por investigar e julgar crimes que possam vir a ser cometidos por seus militares destacados na Colômbia.
Fonte: EFE

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