sexta-feira, 8 de outubro de 2010

No Rio, Lula diz que em seu governo 'polícia bate em quem deve bater'


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que em seu governo a "polícia bate em quem deve bater", em referência à ocupação dos morros cariocas pelas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

Segundo Lula, as unidades permitiram a pacificação de morros como Pavão-Pavãozinho, em Copacabana (zona sul do Rio), e, junto ao Estado, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), realizam obras nessas localidades.

"Estou convidando vocês para subirem a favela de Manguinhos, o Complexo do Alemão, e o Pavão-Pavãozinho para vocês verem o que nós estamos dizendo para aquele povo de lá: não vamos mandar para cá a polícia apenas para bater. A polícia vai ir para lá para bater em quem tiver de bater e proteger quem tiver de proteger", disse.

Quase ao final de seu discurso no batismo da plataforma da Petrobras, no Rio, Lula sinalizou ainda que sentirá falta da Presidência. "Vou colar a faixa na barriga com cola e vou pegar a bicha e sair correndo."

REPUBLICANO

O presidente disse ainda que nunca houve "governo tão republicano quanto o seu na história do país". Ele afirmou que todos os prefeitos, mesmo os de oposição, foram tratados do mesmo modo. Segundo Lula, nunca faltou dinheiro para nenhum município que precisou da ajuda do governo federal.

O discurso do presidente teve tom de despedida, e, nele, Lula elencou as realizações da Petrobras durante a sua gestão. Ele destacou a importância da introdução de metas de conteúdo nacional para a estatal e ressaltou que, durante o seu mandato, foram gerados 600 mil postos de trabalho na indústria metalúrgica.

Para uma plateia de operários da construção naval, o petista disse que a Petrobras ficou mais "transparente, nem tanto assim, mas transparente". "E a gente passou a decidir o que ela vai fazer."

Lula ressaltou que a companhia tem, após a capitalização, R$ 224 bilhões para investimento.

Ao mencionar a importância da geração de postos de trabalho pela indústria metalúrgica, ele disse que "fica feliz da vida ao ver que um peão de obra comprar o seu primeiro carrinho", apesar das reclamações em relação ao trânsito.

O presidente, entretanto, não fez referência direta ou indireta às eleições nem pediu votos à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Já lideranças sindicais e o presidente do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval), Ariovaldo Rocha, conclamaram a plateia a optar pela continuidade nas eleições do próximo dia 31. Não mencionaram, porém, o nome de Dilma.

Fonte: Folha
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