quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Menos fuzis nas UPP's


Para diminuir o clima intimidador na relação com os moradores, policiais de algumas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) estão deixando, aos poucos, de circular com armamento de grosso calibre pelas comunidades. Nos morros Chapéu Mangueira e da Babilônia, no Leme, quatro PMs percorrem a favela, diariamente. Apenas um carrega fuzil, para “uma possível eventualidade”. Os demais usam pistolas.

— O fuzil é usado quando o policial vai a combate e aqui não temos esse tipo de ameaça, pois o Chapéu Mangueira é um dos morros mais tranquilos. É uma arma muito grande, que ostenta um poder. O morador se sente mais à vontade para conversar com um policial se ele não estiver tão fortemente armado — explica o subcomandante da unidade, tenente Hugo Coque.

Tráfico não seria ameaça

Para Coque, não há ameaça de tráfico no local:

— Tomamos essa decisão baseados na experiência da comunidade. Fazemos até uma ou outra apreensão, mas com usuários de drogas. Não há ameaça do tráfico.

O comerciante Edmilson da Silva, de 42 anos, aprovou a medida:

— Tudo aqui só melhora desde que a UPP chegou. E sem os fuzis, é muito menos intimidação. Os policiais são muito legais. Falam com todo mundo, apertam a mão, perguntam se está tudo bem.

Dono de um dos restaurantes onde os policiais da UPP almoçam e morador do Chapéu Mangueira há 38 anos, David Bispo conta que os policiais não precisam mais apoiar os fuzis no chão ou na mesa para comer:

— Antes eles pediam para apoiar os fuzis ali no cantinho. Agora é diferente, e eu me sinto mais seguro assim, com menos medo de haver um confronto com bala perdida ou algo do tipo.

No Pavão-Pavãozinho o patrulhamento também está sendo com menos fuzis. No Batan, área de risco, a medida ainda não foi adotada.

Fonte: O Globo
Share this article :

0 comentários:

Postar um comentário

 

GBN Defense - A informação começa aqui Copyright © 2012 Template Designed by BTDesigner · Powered by Blogger