domingo, 1 de agosto de 2010

EUA: plano de ataque ao Irã está pronto, mas consequências preocupam


O chefe do Estado-Maior americano assegurou neste domingo que um plano de ataque dos Estados Unidos contra o Irã está pronto, para o caso de Teerã produzir a arma nuclear, mas que está "extremamente preocupado" com as consequências que uma ofensiva como essa pode ter.

Uma ação militar contra o Irã poderá ter "consequências não desejadas que são difíceis de prever em uma região tão incrivelmente instável", declarou o almirante Michael Mullen à NBC.

Contudo, os Estados Unidos não podem deixar Teerã ter a arma nuclear, acrescentou. "Para ser muito franco, qualquer uma das opções me preocupa muito", reconheceu.

Ele se disse "otimista" em relação aos esforços diplomáticos da comunidade internacional e às sanções impostas ao Irã, que, segundo ele, levarão a República Islâmica a abandonar seu programa de enriquecimento de urânio.

Apesar disso, "as opções militares estão sobre a mesa e permanecem sobre ela". "Espero que não tenhamos que utilizá-las, mas elas são importantes e bem conhecidas", acrescentou o almirante Mullen.

Teerã afirma que seu programa de enriquecimento de urânio possui fins civis e pacíficos.


Irã adverte EUA sobre eventual ataque militar

Um alto funcionário militar dos Guardiões da Revolução, exército ideológico do regime iraniano, advertiu Washington neste domingo sobre uma eventual ação militar contra o Irã, afirmando que ameaçaria a segurança na região do Golfo, indicou a agência Irna.

"Se os Estados Unidos cometerem um erro (atacando o Irã), a segurança da região estará em perigo (...). A segurança da região do Golfo Pérsico cabe a todos ou a ninguém", declarou o general Yadollah Khavani, assessor para assuntos políticos do chefe dos Guardiões da Revolução, segundo a agência de notícias.

"O Golfo Pérsico é uma região estratégica. Se colocarem em perigo a segurança na região, vão deixá-la porque nossa resposta será firme", acrescentou.

"Nos defenderemos contra qualquer ação dos Estados Unidos ou de Israel", prosseguiu, afirmando que o Irã "desenvolveu sua capacidade defensiva para reforçar sua força de dissuasão".

A comunidade internacional, liderada por Washington, intensificou recentemente as pressões sobre o Irã, acusado de tentar obter a arma nuclear, alegando ter um programa nuclear civil. Teerã desmente essas acusações.

As declarações de Khavani precederam uma afirmação do chefe do Estado-Maior Conjunto americano, Michael Mullen, que assegurou neste domingo que um plano de ataque dos Estados Unidos contra o Irã está previsto para impedir Teerã se produzir a arma nuclear.

O almirante Mullen acrescentou que está "extremamente preocupado" com as consequências que uma ação militar pode acarretar.

Fonte: AFP
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