domingo, 10 de janeiro de 2010

Mais sobre o FX-2


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer fazer dessa história da compra dos novos aviões de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) uma limonada. Já tomou a decisão de comprar os caças franceses, levando adiante uma parceria estratégica com a França. Acredita que isso pode resultar numa cadeira permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, proposta reiterada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy. Lula está aproveitando a onda contra a decisão para Forçar os franceses a baixar o preço dos aviões Rafale, da Dassault.

Esse foi o recado dado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao ministro da Defesa francês, Hervé Morin, quando Lula viajou para Copenhague. Jobim foi à França a pedido de Lula, acompanhado por ninguém menos do que o comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito. O vazamento do relatório técnico do projeto FX-2 foi uma reação dos engenheiros da Aeronáutica à preferência de Lula. Preferem o protótipo sueco Gripen NG, fabricado pela empresa Saab, porque participariam do desenvolvimento do projeto com a Embraer. A preferência dos pilotos, porém, é pelo F-18 da Boeing norte-americana. Na verdade, os “caçadores” queriam o caça russo Sukhoy 35, que foi desclassificado pelo comando da FAB. Era afronta demais ao lobby norte-americano.

Fonte: Correio Braziliense

Nota do Blog: Realmente a questão dos caças que poderia ter sido levada com mais tranquilidade virou um verdadeiro samba do criolo doido. Pois o governos cometeu algumas falhas que comprometeram hoje a finalização deste programa de compra. A mídia por sua vez colaborou para esta zorra, pois sempre buscando manter-se "por Dentro", nunca esteve tão por fora, muitas vezes fabricando falsos relatórios e informações que não tem qualquer fundamento.

Com relação a escolha do governo, realmente é um pouco complicado, pois o mesmo quer apoio para uma cadeira permanente na ONU, e com isso criou um atrito entre o objetivo real e o percebido do programa FX-2.

No inicio de tal processo os pilotos da FAB ficaram realmente deslumbrados com as capacidades e o pacote ofertado pela russa Sukhoy, pois o SU-35BM realmente hoje é um grande expoente em termos de capacidades técnicas e operacionais, porém perdeu a concorrência na primeira fase devido a falta de confiabilidade que os russos apresentam em termos de capacidade de logística para seus meios exportados. Então a escolha dos "caçadores" da FAB recaiu sobre um pequeno robusto e muitoa capaz caça monoturbina, que além de oferecer uma ótima capacidade técnica operacional exibe baixo custo de operação e um pacote de off-set muito atraente. Hoje o Gripen NG lembra muito nossos caças F-5 se formos comparar o custo beneficio aos da época que este foi comprado, trazendo também a nossa memória o terror logístico que o Mirrage III se tornou para nossos oficiais intendentes, hoje o governo pende para a escolha do Rafale.

Ainda vai acontecer muita coisa até que se conclua este programa tão estratégico ao Brasil, vamos ficar na torcida para que tudo seja levado com seriedade e que nossa imprensa tenha mais ética ao fornecer informações, deixando de fabricar notícias que podem de certa forma prejudicar o processo.

Angelo D. Nicolaci
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