
O Irã deu neste sábado às grandes potências ocidentais um "ultimato" de um mês para aceitar uma troca de urânio segundo seus próprios termos, avisando que quando este prazo vencer passará a produzir sozinho o urânio necessário para seu reator de pesquisa em Teerã, anunciou a TV estatal.
"A comunidade internacional tem um mês para decidir" se aceita ou não as condições de Teerã, declarou o ministro das Relações Exteriores, Manuchehr Mottaki, citado pela TV. "Quando este prazo vencer, Teerã enriquecerá o urânio em um nível superior. Isso é um ultimato", afirmou.
O Irã rejeitou um projeto de acordo elaborado pela Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) segundo o qual o Irã deixaria a Rússia enriquecer em 20% a maior parte de seu urânio pouco enriquecido em troca do combsutível necessário a seu reator de pesquisa de Teerã.
No entanto, na terça-feira, as autoridades iranianas disseram que estão dispostas a aceitar uma troca de seu urânio pouco enriquecido no exterior, mas ressaltaram que o processo deveria ser conduzido por etapas.
O Irã é alvo de cinco resoluções do Conselho de Segurança da ONU, três das quais acompanhadas de sanções, por se recusar a suspender suas atividades nucleares sensíveis.
No último dia 22, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou que dezembro era "uma verdadeira data limite" para o Irã decidir se vai ceder no diálogo por sua desnuclearização. O comentário veio depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, acusou os Estados Unidos de inventarem documentos sobre o programa nuclear do país.
Gibbs disse que Ahmadinejad pode não reconhecer o prazo estipulado, mas é "muito sério" para a comunidade internacional --que, a partir de 2010, começará a pensar em sanções contra o regime iraniano.
Ahmadinejad disse à rede de televisão norte-americana ABC que as declarações dos governos ocidentais a respeito do programa nuclear de seu país se tornaram uma "piada repetitiva e sem graça".
Quinto maior exportador de petróleo no mundo, o Irã diz que seu programa de enriquecimento de urânio visa gerar eletricidade, para que possa exportar mais gás e petróleo. Devido a seu histórico de sigilo nuclear, o Ocidente acredita que o Irã visa produzir bombas atômicas.
Fonte: France Presse

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